A grávida que perdeu o bebê após ser assaltada enquanto trabalhava em uma farmácia de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, no último sábado (12) disse que a criança era o “sonho de uma vida inteira”.

“Foi muito difícil. Ver as pessoas ao lado em trabalho de parto e eu não vou ter meu bebê. Eu sonhei minha vida inteira, foi muito planejada essa criança”, disse a jovem em entrevista ao repórter Tiago Silva da RICtv.
A vítima estava grávida de dez semanas e seria mãe pela primeira vez. Segundo a jovem, ela perdeu o bebê na mesma noite do assalto.
“Não queria pensar em nada, só queria deitar, fui tomar um banho para relaxar e então vi coágulos de sangue. Tive fortes cólicas, insuportável, e de madrugada tive sangramento forte. O médico fez todo o procedimento e me mostrou o bebê, mas ele já não tinha batimento cardíaco. Minha perguntou se era um aborto e ele confirmou. Para mim ali desmoronou meu sonho”, relembrou.
A jovem ainda relatou que não pretende voltar ao trabalho na farmácia, porque ainda sente medo de novos assaltos.
“Eu não vou voltar lá. Toda pessoa que entrar eu vou ficar assim, pensando se vou assaltar. É um trauma que vai ficar por toda minha vida, que eu perdi meu bebê por causa de um assalto”, prosseguiu.
O investigador da Polícia Civil do Paraná (PCPR) Fábio Rodrigo apontou que o mesmo suspeito de assaltar a farmácia em que a grávida trabalhava roubou outros dois comércios no mesmo dia.
“Estamos tentando juntar todos esses fatos para tentar identificar o suspeito e ver outros crimes que ele cometeu”, pontua o investigador.
Até o fechamento dessa matéria, o suspeito pelos assaltos não havia sido identificado pela Polícia Civil.
Suspeito pediu produto da farmácia antes de ameaçar grávida que perdeu o bebê

Imagens das câmeras de segurança da farmácia mostraram a ação do suspeito, que inicialmente não anunciou o assalto.
O homem pede ajuda à funcionária, que sai do caixa e vai até um dos corredores do comércio.
Após ambos voltarem o caixa, o suspeito abre uma bolsa e ameaça a funcionária, que abre a caixa registradora e retira diversas notas de dinheiro, coloca em uma sacola e entrega ao homem.
“Era um cliente normal, nunca imaginava que fosse fazer que ele faria o que fez. Quando cheguei no caixa, eu passei os produtos, passei o valor para ele, quando perguntei a forma de pagamento ele já sacou a arma, falando para mim pegar todo o dinheiro do caixa e colocar dentro da sacola, junto dos produtos”, complementa a jovem.
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