Acidente deixou duas pessoas mortas em maio de 2009 (Foto: Reprodução/RICTV)

Júri popular está marcado para os dias 27 e 28 de fevereiro

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes negou na tarde desta sexta-feira (23) o pedido da defesa do ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli para desaforar e adiar o júri, manobra da defesa para transferir para outra cidade, protocolado na noite de quarta-feira (21).

O novo recurso foi feito na tentativa de adiar o julgamento após o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Sebastião Reis Júnior negar o pedido da defesa do ex-deputado no dia 20 de fevereiro. O júri popular está marcado para os dias 27 e 28 de fevereiro, em Curitiba.

Acidente

Carli Filho é réu na ação penal e responde por duplo homicídio em um acidente de trânsito que vitimou Gilmar Rafael de Souza Yared e Carlos Murilo de Almeida, em maio de 2009, ao trafegar a mais de 160 quilômetros por hora, com sinais de embriaguez e com a Carteira  Nacional de Habilitação (CNH) suspensa.

Repercussão

O julgamento histórico é um dos mais esperados no Paraná dos últimos anos. Na manhã desta sexta-feira (23) o Tribunal de Justiça do Paraná distribuiu 200 senhas para pessoas que querem assistir ao júri popular. Centenas de pessoas chegaram cedo para garantir um lugar e formaram filas em frente ao Tribunal, no Centro Cívico.

Desaforamento

A defesa do ex-deputado estadual já havia pedido para transferir o júri popular para outra cidade que não fosse Curitiba, alegando que a ampla repercussão do caso e o fato da mãe de uma das vítimas ser deputada federal – Christiane Yared, mãe de Gilmar Rafael Yared -, poderiam prejudicar o júri por falta de imparcialidade dos jurados, comoção social e intranquilidade social.

À época, o magistrado Naor Ribeiro de Macedo Neto disse não haver “indícios de interesse da ordem pública ou de existência de dúvida de imparcialidade dos jurados”.

Testemunhas

Oito testemunhas escolhidas pelo Ministério Público, pela defesa e pela acusação devem ser ouvidas durante o júri. Garçons que apontaram o consumo de bebida alcoólica pelo deputado antes do acidente estão entre as pessoas que serão ouvidas, além de dois peritos particulares, por parte da defesa.

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