Carli Filho é réu na ação penal em que responde por duplo homicídio (Foto: Reprodução)

Tribunal do Júri de Carli Filho é um dos julgamentos mais esperados do Paraná

 

O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Sebastião Reis Júnior negou, na noite de terça-feira (20), o pedido da defesa do ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho para adiar o Tribunal do Júri, marcado para os dias 27 e 28 de fevereiro, em Curitiba.

Carli Filho é réu na ação penal e responde por duplo homicídio em um acidente de trânsito que vitimou Gilmar Rafael de Souza Yared e Carlos Murilo de Almeida, em maio de 2009, ao trafegar a mais de 160 quilômetros por hora, com sinais de embriaguez e com a Carteira  Nacional de Habilitação (CNH) suspensa.

O Tribunal do Júri de Carli Filho é um dos julgamentos mais esperados do Paraná pela repercussão que o caso tomou e pelas reviravoltas. Por isso, cerca de 200 senhas serão distribuídas pelo Tribunal de Justiça do Paraná na sexta-feira (23) para quem quiser acompanhar o jugalmento e o critério será a ordem de chegada.

Desaforamento

A defesa do ex-deputado estadual já havia pedido para transferir o júri popular para outra cidade que não fosse Curitiba, alegando que a ampla repercussão do caso e o fato da mãe de uma das vítimas ser deputada federal – Christiane Yared, mãe de Gilmar Rafael Yared -, poderiam prejudicar o júri por falta de imparcialidade dos jurados, comoção social e intranquilidade social.

À época, o magistrado Naor Ribeiro de Macedo Neto disse não haver “indícios de interesse da ordem pública ou de existência de dúvida de imparcialidade dos jurados”.

Testemunhas

Oito testemunhas escolhidas pelo Ministério Público, pela defesa e pela acusação devem ser ouvidas durante o júri. Garçons que apontaram o consumo de bebida alcoólica pelo deputado antes do acidente estão entre as pessoas que serão ouvidas, além de dois peritos particulares, por parte da defesa.

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