
Na ocasião, o corpo da vítima, morta por causa de um celular, ficou por 13h no meio da rua a espera do IML
Na manhã desta segunda-feira (5), a Polícia Civil de Curitiba apresentou um dos suspeitos de matar Carlos Ramon Dias, 18 anos, no dia 15 de janeiro de 2018. Alex Goés, de 19 anos, é acusado de latrocínio – roubo seguido de morte – e também pela corrupção do menor de idade que o acompanhou durante o crime.
O crime
Carlos foi morto quando buscava sua esposa no ponto de ônibus na Rua Pedro Manika, no bairro Roça Grande, em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba. Na ocasião, o crime gerou grande repercussão depois da família da vítima permanecer mais de 13h no meio da rua esperando pela chegada do Instituto Médico Legal (IML).
De acordo com a polícia, a dupla surpreendeu a vítima, sua esposa e uma amiga no momento em que passavam por um lote baldio da região. Eles recolheram os pertences pessoais e celulares das mulheres, no entanto, quando foi a vez de Carlos, ele teria reagido. Nesse momento, foi atingido por golpes de faca, um deles na nuca.
A família velando corpo enquanto o IML não chegava. (Foto: Thais Travençoli)
A prisão
A prisão do acusado aconteceu na última sexta-feira (2), depois que uma denúncia anônima teria indicado o lugar exato no qual ele estava escondido.
Na delegacia, Alex culpou o adolescente por ter dado a facada que matou Carlos. O que para o delegado-titular da Delegacia do Alto Maracanã, Reinaldo Zequinão, não minimiza sua participação no assassinato. “Além de tudo, ele ainda irá responder pela corrupção de menores. Por ele ter levado um adolescente junto na empreitada criminosa’, disse.
Durante a Coletiva de Imprensa na manhã desta segunda, Alex se mostrou arrependido e chegou a pedir perdão para a família do jovem assassinado. “Sei que não vai voltar a vida dele, mas estou pedindo perdão de coração”, falou o rapaz aos repórteres.
Ainda segundo o delegado, não está confirmando quem desferiu o golpe de faca. As testemunhas serão chamadas para fazer o reconhecimento e esclarecer definitivamente a participação de cada um.
Reincidência no mundo do crime
Aléx já esteve preso por receptação de um carro roubado, porém teria ficado apenas um dia na cadeia. Em conversa com a equipe da RICTV Curitiba, no dia 2 de fevereiro, a mãe da vítima falou sobre temer que o acusado volte novamente para as ruas como já aconteceu. Por sua vez, o delegado disse não acreditar que ele seja solto antes da condenação já que desta vez se trata de um crime grave.
O suspeito está detido na Delegacia de Colombo, onde permanecerá à disposição da Justiça.
Já o menor de 17 anos irá responder como adolescente e poderá ficar até 3 anos apreendido.
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