Uma escola de ensino infantil em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, que ficou conhecida nacionalmente após um menino autista ser encontrado amarrado dentro de um banheiro, volta a ser alvo de denúncias. Depoimentos de ex-professoras e ex-funcionários revelam negligência e alimentação precária dentro da instituição.

Segundo relatos obtidos pela RICtv, a situação das crianças era crítica. Uma ex-professora ouvida durante a investigação contou que os alunos passavam fome. “Era um mísero bolinho de chuva para cada criança. Eles passavam muita fome”, relatou a educadora.
Outra ex-estagiária da escola também descreveu momentos preocupantes relacionados à alimentação. “Perguntei para um aluno o que ele tinha comido no almoço. Ele respondeu: arroz, pepino e vina. Aquilo me chocou”, declarou.
Além da falta de comida, algumas profissionais relataram comportamentos estranhos entre os alunos. “Notei que as crianças tinham muito medo de ficar sozinhas com a diretoria e a pedagoga”, disse uma ex-professora que também prestou depoimento às autoridades.
Diretora nega culpa e responsabiliza ex-funcionárias
Em depoimento à Polícia Civil, a diretora da instituição negou qualquer envolvimento em atos de maus-tratos e afirmou que as professoras desligadas da escola eram responsáveis por condutas inadequadas com as crianças. “Nunca, em quatro anos, fizemos algo parecido com isso. As meninas que eu mandei embora não tratavam as crianças da forma correta”, disse a gestora.
Contrariando os relatos das testemunhas, a diretora também declarou que os alunos eram bem alimentados. “A gente, inclusive, jogava muita comida fora”, afirmou.
A diretora responde ao processo em liberdade. Já uma professora chegou a ser presa, mas foi liberada com uso de tornozeleira eletrônica.
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