Suspeita de matar gerente de loja em Curitiba se entrega à polícia após 14 dias foragida
Thais Rocha Leite, a travesti que confessou ter matado o gerente de loja Walter Luiz Mariano Machado, de 41 anos, se entregou à polícia no início da tarde desta segunda-feira (20), após ficar 14 dias foragida. A suspeita se apresentou no Tribunal do Júri, em Curitiba, acompanhada do advogado Nilton Ribeiro. Contra ela, havia um mandado de prisão temporária.
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No dia 6 de junho, a Polícia Civil conseguiu um mandado de prisão e realizou uma operação no apartamento de Thais na tentativa de prendê-la. A suspeita, no entanto, não estava no local e se apresentou somente nesta segunda-feira. Com isso, ela deve ser presa, encaminhada para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na capital paranaense e, posteriormente, para um presídio em Rio Branco do Sul, que recebe travestis.
“A gente quer que tudo seja esclarecido. Estamos aqui fazendo a apresentação espontânea da Thais, em respeito às autoridades do Estado, nós estamos apresentando a Thais para responder a este processo”, comentou o advogado Nilton Ribeiro no momento da chegada de sua cliente. Thais, por sua vez, disse somente que era inocente.
“É muito difícil, estou muito nervosa, mas eu acredito que vai dar tudo certo, porque eu sou inocente”,
afirmou a suspeita.
O delegado Tito Barichello afirmou que deve ouvir Thais novamente nos próximos dias e contou que o inquérito policial ainda não foi finalizado.
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No dia 3 de junho, a suspeita compareceu na sede da DHPP, acompanhada dos advogados, e confessou o crime. Thays declarou que fez um programa com Walter Luiz Mariano Machado, porém houve um desentendimento e ela agiu em legítima defesa, quando golpeou a vítima com uma arma branca.
Entenda o caso
Walter Luiz Mariano Machado, de 41 anos, foi encontrado morto com um corte profundo no pescoço dentro de um carro estacionado no bairro Rebouças, em Curitiba. A vítima foi localizada por moradores no cruzamento entre as ruas Engenheiro Rebouças e Lamenha Lins na manhã do dia 28 de maio.
Imagens mostram a travesti deixando o carro de Walter pouco antes do crime. O veículo está estacionado perto da rua Getúlio Vargas, no bairro Rebouças, em Curitiba. A região é conhecida como um ponto de prostituição da capital.