Suspeito de atropelar jovem em Londrina diz que é vítima; “eu estava fugindo desesperado” afirma

por Redação RIC.com.br
colaboração Cidade Alerta Londrina
Publicado em 13 out 2020, às 13h59. Atualizado às 14h13.

O motorista suspeito de atropelar um jovem, de 21 anos, na Gleba Palhano em Londrina, no norte do Paraná, alegou que ele e a namorada são vítimas de toda a história. O caso aconteceu na madrugada de sábado (10). Em depoimento para a RIC TV, o rapaz alegou estar fugindo de grupo que estaria agredindo ele.

De acordo com a Polícia Militar (PM), o rapaz estava brigando com a namorada quando um grupo tentou intervir na discussão. Durante a confusão, o suspeito passou por cima de um rapaz que é jogado na rua. Veja o vídeo:

Vídeo: Reprodução/Whatsapp

O suspeito contou que estava em uma moto com a namorada na avenida Ayrton Senna quando o desentendimento começou.

Confira a versão dada pelo suspeito de atropelar o jovem:

“A bagunça, a confusão não começou aqui [nas proximidades da Praça Pé Vermelho]. Eles começaram a me bater em outro local. Eu vinha vindo com ela de um restaurante, a gente teve um problema mesmo por causa de uma mensagem. A gente parou perto do shopping Aurora, ela desceu [da moto] porque o celular estava embaixo do banco. Eu peguei o celular e fui mostrar a mensagem e houve uma conversa por causa desta mensagem, era um ‘olá’ de uma pessoa. E a gente ficou ali conversando sobre isso”.

Segundo o rapaz, ele estava segurando a bolsa da mulher no momento em que foi abordado pelo grupo que questionou o que estava acontecendo. A namorada, então, respondeu que nada estaria acontecendo, mas o grupo insistiu para ele entregar a bolsa para a mulher.

“Aí neste momento, eu pensei que eles estavam achando que eu estava roubando. Falei para eles que eu era namorado, ‘não sou ladrão não’. Daí começaram a puxar a bolsa e me agredir. Nisto me deram um ‘murro’ nas costas e tentaram arrancar a bolsa. Eu empurrei um menino que estava com uma bebida na mão, ele voltou e me deu um ‘murro’ na boca”.

Segundo o homem, ele fugiu com medo de ser agredido pelo grupo. “Corri pra casa e fui embora. Peguei a chave do carro dela [para buscá-la] e quando eu saio do prédio, eles já estão na frente” comentou sobre ter sido perseguido pelo grupo até seu prédio próximo da Praça Pé Vermelho.

“Você entende? Os meninos que me bateram lá me seguiram até meu prédio. Eu tentei colocar ela no carro, não deixaram ela entrar no veículo, não deixaram ela entrar no prédio. Tentaram me bater.”

“Foi o momento que eu paro o carro, bato no veículo da frente, daí eles entram e falam que vão conversar. Tentam desligar o carro, tentam engatar a marcha no neutro e eu vou para frente”.

O suspeito alegou que um dos meninos do grupo estava com uma chave de roda na mão, que ele teria sido atingido pela ferramenta e que, por isso, o seu braço estaria com marcas, “todo roxo” segundo ele.

“Quando eu olho para frente, eu vejo um cara armado” comentou o rapaz que diz ter se desesperado no momento. “Imagina, eu acabei de ver um homem armado, três caras me batendo e eu engato a ré e saio correndo fugindo”.

“Várias pessoas me batendo, como eu vou visualizar alguma coisa? Eu estava fugindo desesperado. Eu dou a ré, não vejo nada, saio achando que passei no meio fio, depois fui ver que tinha um menino ali deitado”.

“Volto tentar buscar a namorada. Ela está na calçada, os meninos estão segurando [ela]. Um dos meninos quebra o vidro do carro ainda. São várias cenas assim. É tudo muito confuso. As pessoas me agrediam por nada. Eu não reagi nenhuma vez, eu não dei um murro. Eu só não desci do carro pois sabia que ia apanhar muito, eu ia morrer ali

Ele alegou que quando a namorada foi entrar no carro, um indivíduo ameaçou com a arma. Na tentativa de fuga, o veículo chegou a ser atingido por uma bala.

O suspeito ainda comentou que pediu ajuda para um amigo que foi até o local e subiu com a mulher no apartamento. “Mais tarde voltei [para o apartamento], ligamos para um advogado e dormimos. Depois fomos até o delegado [junto do advogado] contar a história. Eu e ela somos vítimas disso”, finaliza.

O jovem atropelado, identificado como Luiz Felipe, segue internado na Santa Casa de Londrina e passará por uma cirurgia no maxilar. Não há previsão de alta médica por enquanto.

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