Suspeito que decapitou homem no Tatuquara é preso. (Foto: Reprodução/RICTV)

O corpo da vítima foi encontrado em cima de uma cama enquanto sua cabeça estava em uma bandeja

A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira (29) o suspeito de ter matado e decapitado Dirceu Altevir Pires, 45 anos, no bairro Tatuquara, em Curitiba, na noite de quinta-feira (29). Alessandro Gonçalves Pinto, 31 anos, é um fugitivo da Colônia Agrícola Penal de Piraquara, na região metropolitana da capital, e confessou o crime.

Decapitado dentro de casa

A vítima foi encontrada dentro de um quarto em uma pensão onde vivem várias pessoas. Seu corpo estava sobre a cama enquanto sua cabeça havia sido deixada em cima de um prato no chão.“A maioria das pessoas ali [na pensão], segundo as informações, eram usuários de droga. Em um dos quartos, que seria o quarto da proprietária da casa, que a vítima estaria usando porque a proprietária não se encontrava, estava o corpo da vítima na cama vestido com a cabeça decapitada num prato, próximo a cama no chão, dentro de uma sacola”, explicou o delegado Osmar Feijó, da Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).

O crime ocorreu dentro da pensão no bairro Tatuquara. (Foto: Reprodução/RICTV)

Conforme a polícia, o suspeito deu uma paulada na cabeça de Dirceu e, em seguida, cortou a cabeça fora com uma faca de serrinha. Durante o depoimento, Alessandro afirmou que os dois estavam sob efeito de drogas. “Matei porque eu ‘tava’ com o capeta no couro, entendeu? Eu tava incorporado e ele queria aquela pessoa. Já era mata, manda ele ‘pro’ pai”, disse Alessandro à equipe da RICTV Curitiba | Record PR.

Colega de pensão mata colega

Foram testemunhas que indicaram as características físicas de Alessandro e também relataram que ele era morador de um quarto alugado no mesmo local onde ocorreu o homicídio. Elas também contaram à polícia que depois de decapitar Dirceu, o homem pegou sua cabeça e mostrou para todos dizendo que ele era filho demônio e que aquilo era presente ao pai.

Dirceu foi morto e decapitado dentro da pensão. (Foto: Reprodução/RICTV)

Durante as buscas, ele foi localizado andando e chamou a atenção dos policiais o fato de que o tênis que ele usava tinha uma pequena mancha vermelha, parecida com sangue. Ao ser abordado, ele deu o nome correto e foi levado até a pensão onde o crime aconteceu. “Coletamos, junto com o Instituto de Criminalística, um pedaço dessa amostra do tênis e informamos a ele que ia ser feito um exame de DNA para comparar com o sangue da vítima e também encontramos um pouco de sangue embaixo das unhas. Nesse momento, ele acabou confessando realmente que foi ele que matou”, disse Feijó.

Motivação e frieza

Ainda segundo declarações do suspeito, a motivação para matar Dirceu foi que ele cometia roubos na região e apontava Alessandro como autor desses delitos.

Durante entrevista, o delegado fez questão de ressaltar a frieza com que Alessandro falou sobre o assassinato brutal. “Ele falou que faria de novo e falou informalmente para nós que não se arrependeu porque aquela pessoa estava causando muitos problemas para ele”, finalizou Feijó.

O suspeito cumpria uma pena por roubo quando fugiu da Colônia Penal. Agora, ele permanece à disposição da Justiça de deverá responder também pelo assassinato.