Está em liberdade Nelson Pereira Filho, suspeito de envolvimento na morte da lutadora de MMA, Michele Chinol, que foi encontrada dentro de um porta-malas, em fevereiro deste ano, no bairro Ganchinho de Curitiba. Ele e a mulher, Ketelin Malmann Marcelino, são os principais acusados do crime.
Nelson ficou preso por 15 dias. Ele é apontado pela Polícia Civil como o homem que aparece nas imagens no dia que o carro da Michele é abandonado. Ela já estava morta dentro do porta-malas.
O suspeito conversou com a RICtv e abriu o jogo. Nelson Pereira Filho conta que se relacionava com Ketelin há quatro meses e que começaram a morar juntos depois que ela disse que estava grávida. Ele relata também, que no dia do desaparecimento de Michele, pediu para a companheira ir até o mercado e que naquele dia ela chegou mais tarde que o habitual e não foi fazer as compras.
“Aquele dia em específico nós combinamos que a Ketelin iria até o mercado, pois eu faço dieta e precisava preparar a marmita. Ela não fez isso. Depois eu tentei falar com ela, mas não consegui”, relata o acusado.
De acordo com a Polícia Civil, Ketelin Malmann Marcelino era amiga da vítima e se passava por psicóloga dela, mesmo sem ter formação para atuar na área. Nas redes sociais a profissional se apresenta como Coach de Vida, ‘Te ajudo a fortalecer a relação mais importante da sua vida: com você mesma’. Após a morte da lutadora, a suspeita chegou a criar um grupo em um aplicativo de mensagem com uma amiga da vítima.
Nelson afirma que desconhece a profissão que a acusada dizia ter.
“Não sei de ninguém que ela tinha contato como psicóloga, além da Michele”, revela Nelson Pereira Filho.
Ketelin continua presa temporariamente. A RICtv teve acesso ao depoimento dela, prestado na delegacia antes e depois da prisão. Ela diz que as duas eram amigas e que no dia do desaparecimento de Michele, foi duas vezes ao supermercado, contrariando a versão do companheiro.
Outra contradição do casal foi o momento da chegada da suspeita em casa. Ela diz que chegou em casa, na Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), às 19h e não saiu mais, diferente do que afirmou Nelson para a polícia.
Após ser presa, a suspeita mudou a versão e disse que se encontrou com a vítima naquele dia de manhã. O advogado de defesa diz que não houve uma briga entre as duas e que Michele apenas contou os problemas de sempre.
Ketelin conta também que não se lembra de tudo o que fez no dia do crime. As contradições nos depoimentos fazem ela ser a principal suspeita do crime, diz a Polícia Civil.