Suspeito de falsificar lacres de contêineres no Porto de Paranaguá é preso

por Redação RIC.com.br
com informações da PF
Publicado em 11 abr 2022, às 17h38.

Um homem foi preso, nesta segunda-feira (11), pela suspeita de falsificar lacres utilizados em contêineres do Porto de Paranaguá, no litoral do estado, para o transporte de drogas com destino a Europa. O investigado foi preso em flagrante e com ele foram encontrados uma motocicleta com alerta de roubo, além de insumos e ferramentas utilizadas na falsificação de placas e renumeração de chassis.

De acordo com a Polícia Federal, o suspeito seria o responsável por falsificar o código dos lacres de contêineres carregados com fardos de droga. O método aplicado pela facção criminosa é popularmente conhecido como rip-on/rip-off. Basicamente, após os contêineres passarem pela fiscalização, criminosos, com acesso a informações sobre a movimentação e a posição deles no porto, informavam a caminhoneiros pertencentes à organização criminosa a sua localização. Por já terem agendamento para entrada no porto para a movimentação de outras cargas, os caminhoneiros facilmente tinham acesso ao porto.

A partir disso, segundo a PF, os caminhoneiros desviavam a rota prevista e se aproximavam dos contêineres alvo, onde estacionavam por um breve período. Nesse momento, com o auxílio de funcionários do porto, também pertencentes a facção, a droga era descarregada e colocada dentro dos contêineres selecionados. Ao fim, o lacre original era rompido e substituído por um lacre clonado, com o intuito de não chamar a atenção da fiscalização posteriormente.

De acordo com a PF, as condutas investigadas eram praticadas de forma clandestina, ou seja, sem o conhecimento nem a participação da administração portuária, nem das empresas responsáveis pelas cargas lícitas, que tinham seus contêiners parasitados.

Ao todo, foram cumpridos em Curitiba e em Colombo três mandados de busca e apreensão, expedidos pela 14ª Vara Federal de Curitiba/PR, após representação da autoridade policial e manifestação favorável do Ministério Público Federal. As investigações decorreram da Operação Enterprise, deflagrada pela Polícia Federal em novembro de 2020.