O libanês suspeito de financiar grupo terrorista foi preso em Foz. (Foto: Reprodução/RICTV)

Assad Ahmad Barakat é suspeito de ser um dos principais nomes da organização islâmica libanesa Hezbollah na América Latina

O libanês, naturalizado paraguaio, Assad Ahmad Barakat, de 51 anos, suspeito de financiar um grupo terrorista foi preso na madrugada desta sexta-feira (21) em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná e na fronteira com o Paraguai e Argentina. Ele é suspeito de ser um dos principais nomes da organização islâmica libanesa Hezbollah na América Latina. A ação foi deflagrada pela Polícia Federal.

Em 2017, Barakat se tornou alvo de um mandado de busca internacional por posse de documentos falsos. Assim, além de ser considerado pelos Estados Unidos um dos maiores nomes do terrorismo na América do Sul, ele também passou a ser procurado pelo Brasil, Paraguai e Argentina. A polícia paraguaia suspeita que ele esteve envolvido com o financiamento, em 1994, da ação terrorista contra a associação judaica argentina AMIA, que deixou 85 mortos e centenas de feridos.

O suspeito chegou na América do Sul no início da década de 80 quando fugia da guerra civil que tomou conta de seu país. Ele vive em Foz desde 1987 e tem pelo menos três filhos de nacionalidade brasileira.

Em 2001, ele chegou a ser preso no Brasil pelos crimes de associação ilícita, sonegação de impostos e instigação ao crime. Como é ‘paraguaio’, acabou extraditado para o país vizinho e cumpriu pena até 2009. Depois disso, seu paradeiro não foi mais conhecido pelas autoridades.  

Segundo Unidade de Informação Financeira (UIF) da Argentina, os membros do clã Barakat realizaram a compras de prêmios no valor de 10 milhões de dólares sem declarar os valores em um cassino em Puerto Iguazú, cidade argentina na fronteira com Foz. A manobra teria sido feito para lavar o dinheiro da organização.

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Leandro Souza, repórter da RICTV Oeste, conta detalhes sobre o assunto.