A Polícia Civil do Paraná (PCPR) revelou detalhes nesta semana sobre o suspeito de matar Liliane Ferreira dos Santos, encontrada sem vida no dia 9 de julho, em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais. De acordo com a investigação, o principal suspeito pelo crime foi preso na última terça-feira (10) e pode responder por feminicídio e furto qualificado.
Durante a investigação, a PCPR identificou que o homem possuía um perfil falso nas redes sociais e utilizava para intermediar encontros com mulheres. O perfil feminino entrava em contato com as vítimas e contava ser ‘amiga’ do suspeito. Entretanto, era o homem que enviava as mensagens.
Além disso, foi encontrado com o suspeito uma camiseta camuflada, uma carteira do exército e insígnia oficial. Uma outra testemunha, que já foi ouvida pela polícia, confirmou a versão de que o homem se apresentava como tenente coronel para atrair as vítimas.
“Ele tinha um perfil feminino, em que ele se passava como amiga dele mesmo para intermediar a relação. E ele se apresentava como tenente coronel do exército para as mulheres. Pelo menos uma mulher já foi ouvida na delegacia e confirmou a versão”,
destacou o delegado que acompanha o caso.
Após a identificação do suspeito, de 50 anos, o Ministério Público do Paraná (MPPR) pareceu favorável à decisão e o suspeito teve a prisão decretada.
Mulher encontrada morta
De acordo com a Polícia Civil, a irmã de Liliane foi até a residência no dia 9 de julho porque a vítima não compareceu ao trabalho no dia anterior. Além disso, ela não havia respondido mensagens ou telefonemas de familiares, o que deixou todos preocupados.
Ao chegar no local, a mulher se deparou com a casa, localizada no bairro Neves, completamente fechada e precisou pedir ajuda para arrombar a porta. Além de se deparar com a irmã morta, a familiar percebeu que não existiam sinais de arrombamento e eletrônicos e pertences pessoais da vítima haviam sumido.
Durante a investigação, a polícia descobriu que Liliane se encontrou com um homem quatro dias antes de ser localizada sem vida. Segundo testemunhas, o suspeito permaneceu na residência por cerca de dois dias, deixou o próprio carro estacionado no quintal e levou e buscou a vítima no trabalho.