Um homem, de 38 anos, foi preso nesta segunda-feira (25), no bairro Santa Cândida, em Curitiba, suspeito de envolvimento na morte de Felipe Vinicius de Almeida Lourenço, de 28 anos, o jovem que foi assassinado no momento em que saia da igreja neste domingo (24). Imagens de câmeras de segurança que flagraram a ação foram divulgadas pela Polícia Civil. O vídeo mostra o momento em que a vítima conversa com dois suspeitos e, na sequência, é baleada com vários tiros.

Conforme as investigações da Polícia Civil, Felipe foi abordado pelos homens quando saia da igreja e obrigado a ligar para o primo, que era o verdadeiro alvo dos suspeitos. No entanto, a vítima se negou a passar mais informações sobre o parente e, por isso, foi assassinada.

Um dos suspeitos foi detido em flagrante pelo homicídio de Felipe Lourenço e, no momento em que foi preso, estava usando cocaína. A polícia ainda relatou que, depois do crime, o homem – que é o mandante do crime – ligou para a família da vítima e pediu desculpa pela morte da pessoa errada.

Felipe Lourenço foi morto por engano, segundo a polícia (Foto: Redes Sociais)

Crime

Felipe foi assassinado na Rua Celeste Paschoal Milani, no bairro Santa Cândida, em Curitiba, na noite de domingo (24). Ele era casado e deixou um filho de nove anos. No dia seguinte ao crime, a avó da vítima chegou a afirmar que o neto tinha sido morto por engano e que ela estava com ele momentos antes, na igreja, rezando.

Atualização

A delegada responsável pelo caso, Tathiana Guzella, informou que o homem detido foi o mandante do crime. “Esse autor preso se trata na data de ontem pela DHPP é o mandante do crime, e ele que tem o motivo do crime”, disse a delegada.

A polícia ainda afirmou que Rafael já foi casado com uma mulher que teve um envolvimento amoroso com o primo de Felipe. O primo seria o verdadeiro alvo dos suspeitos. “A própria ex-mulher do investigado […], a mulher que teve um relacionamento com o primo da vítima, quando estava separada, ela confirma que o mandante possa ter acreditado, acreditava, que ela iria retornar o relacionamento com o primo da vítima. Ou seja, por ciúmes, como eles recém tinham terminado novamente a relação, o mandante terminou com a esposa dele na quinta-feira, ou seja, dois, três dias antes do crime, nós acreditamos que essa possa ter sido a motivação”, explicou a delegada.

A delegada explica que, ao sair da igreja, a vítima é abordada pelos suspeitos, que a obrigam a ligar para o primo.

“Há uma ligação entre eles, e a vítima solicita para o Cleverson, pro Clevinho, o primo dele, onde ele está. E ele diz ‘eu estou em casa’, lembrando que esse primo morava com os pais da vítima, eram os tios dele, e ele morava ali há uns dois, três anos. E a vítima, a gente acredita, não quis entregar o primo, então ele morreu por não fazer a casinha para o primo, por não chamar o primo ali. Nós acreditamos que os atiradores sabiam sim que se tratava do primo e não do alvo certo. Ainda assim executaram ele, primeiro porque seria uma testemunha, há uma queima de arquivo, e segundo porque, acredita-se, isso a equipe de investigação acredita, que ele não queria ter entregue aos bandidos o seu primo, que era tido como irmão.”

disse a delegada.

Na delegacia, o suspeito de ser o mandante do crime negou as acusações. Os suspeitos de serem os executores da vítima ainda não foram localizados.

Daniela Borsuk

Editora-chefe

Daniela Borsuk é editora-chefe do portal RIC.com.br. Formada pela PUC-PR, tem pós-graduação em Jornalismo Digital e cursos voltados à gestão e liderança. Trabalha com jornalismo hard news desde 2016. Atualmente se dedica a matérias das editorias de Segurança, Política, Cultura, Serviços e cobertura de casos de repercussão.

Daniela Borsuk é editora-chefe do portal RIC.com.br. Formada pela PUC-PR, tem pós-graduação em Jornalismo Digital e cursos voltados à gestão e liderança. Trabalha com jornalismo hard news desde 2016. Atualmente se dedica a matérias das editorias de Segurança, Política, Cultura, Serviços e cobertura de casos de repercussão.