Nove meses após o crime de estupro, que resultou na gravidez de uma jovem deficiente, dois suspeitos foram presos. Os jovens, de 15 e 16 anos, confessaram o crime e foram encaminhados nesta quarta-feira (8), ao Centro de Socioeducação Londrina I (Cense). Outros dois suspeitos, que  estavam na casa no momento do crime, também foram ouvidos pela polícia, entretanto, não foram detidos.

A vítima, de 17 anos, sofre de distúrbios mentais, problemas na audição, na fala e paralisia no quadril. No último dia 29, a jovem deu à luz a um menino.

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Jovens suspeitos são ouvidos

A Polícia Civil intimou os jovens suspeitos dos crimes nesta semana para prestar depoimento. Após ouvir os quatro envolvidos, dois ficaram detidos. Um de 15 e outro de 16 anos assumiram a autoria do estupro, entretanto, alegaram que o ato foi consensual com a vítima.

“O fato de ter ocorrido violência, lesão grave na vítima, isso não constatou. Mas só pelo fato da vítima já ser portadora de alguma necessidade especial, enfim, já caracteriza a vulnerabilidade dessa pessoa. Embora maior de idade, mas em razão dessa necessidade especial é considerada vulnerável por isso o estupro de vulnerável”, esclarece o delegado Ernandes Cesar Alves.

No momento do crime outros dois jovens estavam na casa. Um de 18 anos e outro de apenas 12. Porém, não ficaram presos. “O maior o Nucria ficou encarregado de apurar os fatos. O terceiro adolescente que seria um garoto de 12 anos foi ouvido e o mandado de apreensão dele não foi expedido, somente dos outros dois adolescentes, um de 16 e outro de 15”, relata Alves.

Família da jovem vítima de estupro clama por justiça

A mãe da jovem abusada demonstrou bastante insatisfação com a justiça pela demora na resolução do caso. A vítima chegou a ter o bebê e os suspeitos continuavam soltos, sem nenhuma intimação. “A polícia ainda não fez nada. Nem sequer para prender os meninos. Estão todos soltos”, contou a mãe da jovem.

Praticamente vizinha de um dos suspeitos do abuso, o estado psicológico da família é crítico. “Ela era cadeirante, lutei, batalhei e hoje ela está andando. Depois vem a audição, a fala, o atraso mental e a falta de coordenação motora. Ela fez cirurgia para soltar os tendões e agora? Agora vem um desses aí e faz uma coisa dessas, eu to sem chão”, concluiu.

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Guilherme Becker
Guilherme Becker

Editor

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.