Foto: Arquivo

Eles foram ouvidos em decorrência do julgamento dos policiais acusados de participar do suposto caso de tortura do qual teria sido vítimas

Os quatro suspeitos de matar a adolescente Tayná Adriane da Silva, no ano de 2013, na cidade de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), prestaram novo depoimento na Corregedoria da Polícia Civil, na tarde de terça-feira (16). Eles foram ouvidos em decorrência do julgamento dos 21 policiais acusados de participar do suposto caso de tortura do qual teria sido vítimas.

Os suspeitos que prestaram depoimento eram funcionários do parque de diversões instalado perto da casa de Tayná.  Eles teriam sido torturados para confessar o crime e incluídos no Programa Federal de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas.

Relembre o Caso Tayná

Tayná Adriane da Silva desapareceu na noite do 25 de junho de 2013, no mesmo bairro onde morava em Colombo. Seu corpo foi encontrado três dias depois, dentro de um poço em um matagal. Investigadores da Delegacia do Alto Maracanã prenderam quatro funcionários de um parque de diversões que ficava em frente ao local onde a garota foi vista pela última vez. Os suspeitos chegaram a confessar o estupro e o assassinato da adolescente na época, mas depois voltaram atrás. Eles afirmaram ter sido torturados pelos policiais para confessarem o crime.

O Ministério Público abriu outro inquérito, denunciando 17 policiais, dois guardas municipais e outras duas pessoas pela tortura dos funcionários do parque. Todos os policiais envolvidos estão em liberdade e afastados das funções públicas.

Os quatro suspeitos de matar Tayná foram incluídos no sistema de proteção a testemunhas e foram levados para fora do Paraná.

A pedido da família de Tayná, o corpo da adolescente foi exumado e passou por exame para esclarecer se ela foi vítima de violência física antes de morrer e se havia indícios de abuso sexual. O laudo apontou que não houve violência sexual, confirmando o exame do Instituto de Criminalística, realizado antes do sepultamento.