
Francielle disse ter matado o marido porque sofria torturas sexuais e no dia estava sob forte efeito de remédios
O caso de Francielle Carolina Moscaleski, acusada em julho deste ano de ter matado o marido, Cássio Ormond Araújo, tenente da Polícia Militar, tem mais um desdobramento: o exame toxicológico feito na época e só divulgado agora revelou que, ao contrário do que Francine alegara, ela não estava sob “forte efeito de medicamentos”. Também não foi encontrado qualquer vestígio de álcool ou drogas no seu sangue.
Francielle e Cássio moravam no bairro Tarumã, em Curitiba. O policial morreu com um tiro na cabeça. Francielle deu diferentes versões para o crime nas horas seguintes: falou em suicídio, em disparo acidental, em legítima defesa contra estupro. À essa última versão, que foi a que consolidou, somou a alegação de estar sob o efeito de remédios. Isso a teria levado, segundo ela, não apenas a cometer o crime mas também a se contradizer diante do delegado.
“No dia seguinte eu fui para a delegacia porque o delegado queria me ouvir. Mas na verdade ele não queria me ouvir, ele queria que eu contasse uma história que ele já tinha elaborado (…) e eu tava dopada (…) nem sei o que eu falei aquele dia”, ela disse em entrevista exclusiva á RICTV em agosto, justificando sua variedade de versões para o crime. A parte de estar dopada, pelo menos, é agora contrariada pelo exame.
Na mesma entrevista, Francielle se disse vítima de torturas frequentes do marido, por exemplo envolvendo queimadas com cigarros, simulações de estupro, estupros de fato e sexo com outros homens em casas de swing feito porque ele a obrigava e sentiria prazer com isso.
Francielle foi solta no dia 10 de julho e está em liberdade.
Leia também: