Durante depoimento, uma funcionária do sistema penitenciário de São Paulo declarou, na última terça-feira (2), ao Ministério Público, que o advogado Antônio Nardoni pode ter participação na morte de sua neta, Isabella Nardoni, de 5 anos, em crime ocorrido em 2008. A mulher diz ter ouvido a versão da madrasta da menina, Anna Carolina Jatobá, no presídio de Tremembé, onde ela cumpre pena. A informação foi divulgada no domingo (7), pelo Fantástico.

A funcionária teria ouvido de Anna Carolina detalhes do dia do crime. De acordo com Anna, o casal teria ido ao supermercado, com Isabella, e passado por nervosismo quando o cartão não passou no caixa. Quando chegaram ao carro, a madrasta começou a agredir a menina “porque ela não parava de encher o saco” – palavras que, segundo a mulher, a própria Anna teria utilizado quando fez o relato.

De acordo com o depoimento, quando chegaram ao apartamento, na zona norte de São Paulo, eles pensavam que a menina já estava morta, em razão das agressões. Foi quando, de acordo com a mulher, Anna decidiu ligar para o sogro, o advogado Antônio Nardoni. “Anna falou para o sogro que matou a menina e ele respondeu: ‘simula um acidente. Senão, vocês vão ser presos’. Foi aí que o casal teve a ideia de jogar a menina pela janela. O Alexandre só jogou a filha porque acreditava que ela estivesse morta e ele teria ficado em estado de choque ao descer do prédio e perceber que a menina estava viva, segundo a mulher.

Quando o caso foi julgado, em 2010, a versão dos promotores relatava que a menina foi asfixiada em 29 de março de 2008 pela madrasta e depois jogada pela janela do 5º andar pelo pai, Alexandre Nardoni. Anna Jatobá foi condenada a 26 anos e Alexandre, a 31 anos de prisão.

Ouvido pelo Fantástico, Antônio Nardoni negou qualquer envolvimento no crime e classificou o depoimento de “mentira”. “Eu tenho a consciência tranquila”, afirmou. O MP vai analisar depoimento. O jornal O Estado de S. Paulo tentou contatar Antônio Nardoni, mas ele não atendeu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Madrasta nega

A madrasta da menina, Anna Carolina Jatobá, negou nesta segunda-feira (08) a participação do sogro no assassinato da enteada, em 2008. Ao seu advogado, o criminalista Roberto Podval, ela refutou a versão de nova testemunha que afirma que o avô paterno da menina teria orientado o casal a simular um acidente.