O motorista Laurenilton Azevedo Andrade e a cobradora Janair Oliveira, testemunhas da queda de avião que terminou com dois mortos na última sexta-feira (7), em São Paulo, contaram detalhes do acidente. Os dois trabalhavam no ônibus teve a traseira atingida pela aeronave.

Cerca de 30 pessoas estavam dentro do coletivo. Os ocupantes da aeronave morreram carbonizados e seis pessoas ficaram feridas.
Segundo os funcionários, ônibus só não explodiu porque o tanque de combustível não foi atingido. Ao programa Fantástico, da TV Globo, o motorista disse que ficou impressionado ao ver o carro queimado, e que todos poderiam estar mortos. Além do ônibus, ele também reencontrou a colega no sábado (8).
“Ela é minha heroína também, sem ela eu não conseguia. Eu me emociono sempre quando falam o nome dela, porque hoje eu poderia não estar aqui, nem ela e nem as pessoas”, disse o motorista ao programa.
Queda de avião em SP: ajuda aos ocupantes do coletivo
A ação dos dois ajudou a salvar os passageiros. Logo após o impacto, o motorista acionou o botão para abrir as portas, mas uma grade no canteiro central da avenida impediu a abertura de um dos lados.
A cobradora Janair Oliveira relatou que, nesse momento, além das portas bloqueadas, o cinto dela travou. Passageiros entraram em desespero buscando a saída. Ela afirma ter conseguido destravar as portas do lado direito, apertando o botão de emergência.
“Saí gritando: pessoal, pessoal, é aqui, a saída é nessa porta, é nessa porta”, relatou a cobradora ao Fantástico. “Gritei muito: ‘me ajuda, me ajuda’, por causa da minha limitação. ‘Saí daqui, vai pra frente, que isso vai explodir'”.
Oliveira ajudou uma passageira que teve um corte na cabeça, a auxiliar de serviços gerais Cristina Moraes. Ela diz não se lembrar do momento em que sofreu o ferimento, apenas de ser alertada para sair porque o ônibus pegaria fogo, e agradeceu “de coração” aos que a ajudaram.
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