O tiktoker Davide Garufi, de 21 anos, foi encontrado morto dentro de casa em Sesto San Giovanni, na Itália. O fato acontece dias depois do criador de conteúdo se declarar uma pessoa não-binária, se tornando alvo de ataques nas redes sociais.

Em um primeiro momento, Davide havia se declarado transsexual, adotando o nome de Alexandra. Porém, um tempo depois, ele declarou que era não-binário, retomando o nome de batismo e que voltaria a usar pronomes masculinos.
Internautas alegam que Davide se declarou não-binário por conta dos ataques que recebeu as redes sociais após anunciar que se identificava como uma mulher.
O influencer possuía cerca de 1,5 milhão de seguidores no TikTok, onde contava histórias pessoais do dia a dia e produzia esquetes. A morte de Davide causou comoção na plataforma, com muitos comentários dizendo “RIP Davide” (descanse em paz, Davide) e vídeos publicados em homenagem a ele.
Veja uma das homenagens a Davide Garufi
Segundo informações do portal Milenio, a polícia investiga a causa da morte do criador de conteúdo e indica que as mensagens de ódio recebidas pela vítima nas redes sociais não estavam diretamente ligadas ao caso.
O que significa ser não-binário?
Segundo o site Orientando.org, que tem como objetivo esclarecer todas as identificações de gênero e sexualidade, pessoas não-binárias são aquelas que:
- Têm múltiplos gêneros, de uma vez só ou um de cada vez, mudando de tempos em tempos;
- São parcialmente, mas não totalmente, de algum gênero, mesmo que esta parte seja de um gênero binário;
- Não possuem gênero, que se sentem à parte do conceito de gênero, ou que sentem que transcendem gênero;
- Não entendem gênero, que não entendem o próprio gênero, ou que não se importam com o próprio gênero;
- Cujos gêneros existem, mas que não são nem homem, nem mulher;
- Cujos gêneros são relacionados à masculinidade, à feminilidade, a ser homem, a ser mulher, ou a ambos os gêneros binários, mas que não podem ser caracterizados adequadamente como homem ou como mulher;
- Não são 100% homens e nem 100% mulheres devido à neuro divergência, trauma, intersexualidade, espiritualidade, cultura, orientação sexual, orientação romântica, e/ou outras experiências de vida.
*Com supervisão de Guilherme Fortunato.
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