Antônio Benjamin Setim, de 75 anos, participou da reconstituição do assassinato de seu sobrinho Walter da Rocha Neto, de 45 anos, nesta terça-feira (9) em Tijucas do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba.
Walter foi morto a tiros pelo tio no dia 19 de fevereiro dentro da chácara da família, localizada na Estrada João Batista Setim, área rural do município. Na ocasião, a vítima que era eletricista estava consertando uma bomba d’água nos fundos de sua residência quando tudo aconteceu.
De acordo com o delegado Fábio Machado, responsável pelo caso, enquanto o idoso afirma que agiu em legítima defesa porque o sobrinho o teria ameaçado com uma pá, os filhos de Walter, um deles que estava dentro da casa, dizem que o pai foi surpreendido pelos tiros e não teve tempo de se defender.
O adolescente, inclusive, chegou a ser ameaçado pelo familiar quando correu para socorrer o pai. “Ele disse que se ele não ficasse quieto, ele seria o próximo”, contou Alexandra Ribas da Rocha, esposa de Walter.
“Eu não tinha intenção de matar ele de jeito nenhum. Só que, na verdade, ele correndo atrás, eu dei um tiro para dar um alerta para ele ver que eu estava armado. Só que ele veio do mesmo jeito, aí eu fui obrigado, eu descarreguei o revólver”, declarou o tio à RIC Record TV dias após o crime.
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As duas versões foram encenadas na reconstituição que durou mais de duas horas. Nos próximos dias, diante da análise das provas e da remontagem do crime, a Polícia Civil deverá concluir o inquérito.
O tio responde em liberdade pela morte do sobrinho já que fugiu após o homicídio e se apresentou na delegacia dias depois.
Motivação
Os parentes explicam que desentendimento entre os dois começou há aproximadamente dois anos, quando Walter resolveu fazer uma cerca em volta de sua residência, que fica dentro da chácara familiar, para delimitar os 2 mil m² de sua parte da propriedade. Essa parte do terreno, segundo a vítima, teria sido doada a ele por sua bisavó antes dela morrer.
Conforme o depoimento de Antônio, recentemente os dois vinham se desentendendo porque Walter deixava o portão aberto e seus cachorros atacavam as ovelhas que eram criadas pelo tio do outro lado do terreno.
O caso segue em investigação.
