Os desembargadores da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná decidiram por unanimidade que o júri popular de Rafael Suss Marques seja marcado em data mais próxima possível. No mesmo despaho, também negaram o pedido de habeas corpus do médico. Ele está preso no Complexo Médico Penal desde 2019.
Raphael é acusado de assassinar a fisiculturista Renata Muggiati, de quem era namorado. Ele ainda poderia estar respondendo ao crime em liberdade. Mas foi detido por descumprir medidas cautelares e faltar a uma audiência do caso para jogar pôquer em uma casa de jogos de Curitiba.
“Ante o exposto, acordam os Desembargadores da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná, por unanimidade de votos, em conhecer em parte e, na parte conhecida, denegar, em definitivo, a ordem almejada no habeas corpus impetrado em favor do paciente Taphael Suss Marques. De ofício, conceder em parte a ordem para determinar à autoridade apontada como coatora a submissão do paciente a julgamento pelo Tribunal do Júri, para data mais próxima possível. Comunique-se incontinenti.”,
diz a decisão final do acórdão dos desembargadores.
Os advogados que atuam como assistentes de acusação, ao lado da família de Renata, acreditam na condenação do médico.
“São seis anos de processo, seis anos de espera. Um caso que chega ao seu momento final com a decisão unânime dos desembargadores da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. Não há o que se protelar mais, Rafael Suss Marques finalmente será julgado e condenado pelo assassinato de Renata Muggiati”,
decretou a advogada Maria Francisca Accioly, assistente de acusação do caso.
A irmã de Renata Muggiati, Thereza Cristina Gabriel, recebeu com alívio a decisão do Tribunal de Justiça.
“São anos de luta, de dor, de saudades da Renata. Minha irmã sofreu em vida, foi maltratada, judiada, agredida, enforcada e morta. Não bastasse o assassinato dela, ainda tentaram destruir sua imagem, sua reputação, mas nós não permitimos. Lutamos e vamos lutar pela justiça até o final”,
declarou Thereza.