João Victor Soares da Silva, torcedor que foi estuprado durante uma briga entre torcidas organizadas no dia 1° de fevereiro, se tornou réu pelo conflito. A decisão foi tomada pelo juiz Paulo Victor Vasconcelos de Almeida, da 11ª Vara Criminal da Capital, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, na última quinta-feira (27).

A princípio, João Victor, conhecido como “Playboy” ou “Cash”, é presidente da Torcida Jovem do Leão. Além dele, Thyago Mendes Barbosa, conhecido como “TH”, e João Victor Antônio da Silva, o “Vida”, também foram acusados.
Após a briga de torcidas que aconteceu no início de fevereiro, os três réus foram internados e levados ao Hospital da Restauração (HR). Lá, eles foram presos em flagrante.
De acordo com o juiz, o fato de o torcedor ter sido estuprado não o impede de se tornar réu no caso.
“O fato de os acusados sofrerem agressões físicas durante o confronto não os isenta da responsabilidade penal pelos atos supostamente por eles praticados”, afirmou.
Conforme a denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), os três teriam planejado e provocado o conflito entre torcidas.
“Os atos configuram a prática de terrorismo, haja vista que os atos de violência cometidos por esses grupos não são o objetivo principal, mas apenas o meio que eles utilizam para disseminar o pânico, o medo, e o terror”, relatou.
Agora, o torcedor estuprado e os outros dois réus respondem pelos crimes de associação criminosa, desobediência, emprego de artefato explosivo e promoção de tumulto. Nos autos, a defesa dos três envolvidos negam os crimes.
Mãe de torcedor estuprado lamenta decisão de tornar o filho réu
Nas redes sociais, Viviane Eugenia, mãe de João Victor Soares, publicou notas contrárias à decisão do juiz. Desde a agressão do filho, a mulher tem se pronunciado no Instagram sobre o caso.
“Perdemos a primeira batalha. Mas não perdemos a fé na justiça de Deus”, publicou Viviane.
Além disso, a mãe de João Victor afirmou que a prisão preventiva do filho foi feita de forma ilegal. De acordo com seus relatos no Instagram, o torcedor estava sem contato com a família, algo que o preso em flagrante teria direito de ter.
“Prisão preventiva ilegal, só em Pernambuco, mesmo”, escreveu.
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