Pessoas entram na Abadia de Westminster, ao lado do Parlamento, após o ataque (Foto: Célia Froufe)

Um motorista atropelou pedestres e então parou o carro, desceu e esfaqueou um guarda do Parlamento

O comissário interino da Polícia Metropolitana de Londres, Mark Rowley, informou na noite desta quarta-feira (22) que o número de pessoas mortas no ataque terrorista em Londres, ao lado do Parlamento, aumentou para cinco – três civis, um policial e o responsável pelos atos.

Segundo Rowley, o policial Keith Palmer, de 48 anos, estava desarmado. O comissário disse, ainda, que o extremismo islâmico pode ter envolvimento com o ataque.

O comissário afirmou que a polícia acredita que o suposto terrorista morto tenha sido o único responsável pelo ataque. A identidade do suspeito não foi revelada porque, segundo Rowley, embora a polícia desconfie qual seja a identidade dele, ainda precisa confirmá-la com algumas investigações.

O total de feridos, antes anunciado como “pelo menos 20”, agora é de 40 pessoas. Rowley também afirmou que os londrinos podem esperar uma presença policial mais pesada em toda a cidade nos próximos dias. “Será uma longa investigação contra o terrorismo.”

Entenda o caso

Às 14h40 desta tarde, após atropelar diversos pedestres, um motorista parou o carro, desceu e esfaqueou um guarda do Parlamento, segundo informações do jornal inglês The Times. O assassino foi, então, morto a tiros. 

Este foi o primeiro ataque na cidade desde 7 de julho de 2005, quando a rede terrorista al-Qaeda matou 52 pessoas no metrô londrino.

Parlamento cheio

Cerca de 500 pessoas visitavam o Parlamento britânico no momento do ataque. 

Os visitantes estavam concentrados numa das áreas mais antigas do prédio, chamada de Westminster Hall, e se deslocariam para a catedral próxima ao local, Westminster Abbey. As ruas ao redor do parlamento estavam completamente vazias.

Há presença de um vasto contingente da polícia antiterrorismo britânica fortemente armada no local e vários helicópteros sobrevoam as instalações.

Uma fila formou-se e, aos poucos, crianças, jornalistas e alguns parlamentares presentes encaminham-se para duas portas que dão acesso ao exterior do Parlamento.

Alguns funcionários ainda permaneciam em seus locais de trabalho mas a informação da polícia é de que existe uma ordem para que haja o esvaziamento total das instalações.

Mais cedo, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, participou de uma sessão de perguntas e respostas no Parlamento britânico, mas fontes do governo afirmam que ela “não foi envolvida” no incidente. Não há, porém, informações sobre onde ela se encontra neste momento.