Doze paranaenses foram resgatados vivendo em situação de escravidão, com condições mínimas de sobrevivência, na tarde de quarta-feira (25), no município de Forquilhinha, em Santa Catarina. Denúncias levaram o Ministério Público do Trabalho e o Ministério do Trabalho e Emprego a encontrar os trabalhadores.

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Uma criança de três anos, duas mulheres e nove homens estavam vivendo nas dependências abandonadas de uma mina desativada. As vítimas vieram da cidade de Santa Izabel do Oeste, no Paraná, após receberem uma proposta de trabalho para apanhar aves, com salários de R$ 1.400,00, carteira assinada e aluguel pago. A oferta foi feita por uma empresa de criação de animais integrada à JBS Foods.

Os trabalhadores estavam há cerca de um mês vivendo em condições sub-humanas em um alojamento improvisado na mina abandonada. Os procuradores que cuidam do caso afirmaram que o local era extremamente precário, sem chuveiros nos banheiros, com quartos improvisados, sem armários ou camas, onde os trabalhadores eram obrigados a dormir em colchões no chão. As vítimas relataram também que trabalhavam em média de 12 a 13 horas por dia.

Em nota, a empresa responsável pelos trabalhadores, citada no processo, declarou que pagará uma indenização de R$ 5 mil a cada um dos 12 empregados encontrados em situações análogas à escravidão. A empresa declarou também, que deve pagar verbas rescisórias e demais direitos trabalhistas, além de custear todas as despesas com o retorno deles à Santa Izabel do Oeste, no Paraná. Os trabalhadores devem voltar para casa nesta sexta-feira (27).