Uma megaoperação formada por cerca de 400 agentes da Polícia Civil e da Polícia Militar do Paraná voltada ao combate ao tráfico de drogas na região central de Curitiba resultou em 66 pessoas presas. Um homem, que teria tentado reagir a uma abordagem, morreu em confronto.

O foco da operação foi desarticular uma organização criminosa que atuava nas imediações da Praça Tiradentes, Travessa Nestor de Castro e rua Trajano Reis, áreas de grande circulação no Marco Zero de Curitiba.
Segundo as investigações, o grupo controlava a distribuição de drogas nesses pontos e impunha regras violentas aos envolvidos.
Além das prisões, a operação executou 55 mandados de busca e apreensão e 25 ordens judiciais de bloqueio de ativos financeiros. Também foram apreendidos dinheiro em espécie (R$ 7.291), uma arma de fogo e porções de maconha, cocaína e crack. Helicópteros, cães farejadores e equipes da Polícia Penal também participaram da ofensiva.
Megaoperação contra o tráfico em Curitiba: organização estruturada e violenta
As investigações revelaram que a quadrilha operava com alto nível de organização. Os criminosos usavam códigos para identificar os tipos de drogas, mantinham planilhas de controle de vendas e até estipulavam metas de desempenho para os traficantes.
Os entorpecentes eram escondidos de forma estratégica, em bueiros, tubulações e frestas de calçadas. Para evitar prisões em flagrante, muitos portavam pequenas quantidades, tentando se passar por usuários durante abordagens.
Ainda de acordo com a polícia, o grupo repassava pontos de venda para outros traficantes mediante autorização de uma facção criminosa com atuação em todo o país. O lucro estimado por ponto era de até R$ 20 mil por semana.
Além de controlar o tráfico, a quadrilha também prestava apoio a integrantes presos.
Liderança feminina e prisão de figura-chave
Um dos destaques da operação foi a prisão da companheira do ex-líder da organização, que assumiu o comando das atividades após a prisão do marido no fim do ano passado. Ela foi detida nesta nova fase da ação.
As investigações seguem em andamento.
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