A família do montanhista Sandro Godoy, que morreu no último domingo (27) após ser picado por uma cobra, no Panamá, encontra dificuldades para conseguir a liberação do processo para o translado. Após arrecadar o dinheiro necessário para o transporte, nesta sexta-feira (1) os familiares conseguiram a documentação para liberar o corpo no país caribenho, porém, estão com dificuldades para autorização do Brasil.

A empresa Copa Cargo, que fará o transporte, possui sede em São Paulo. Entretanto, não está sendo fácil para a família conseguir se comunicar com os responsáveis.

Corpo é liberado no Panamá

De acordo com os familiares, a documentação necessária para a liberação no Panamá foi enviada nesta sexta-feira (1) e o país deu sinal positivo para o translado. Entretanto, para o transporte ser autorizado, a família precisa de uma liberação da Copa Cargo de São Paulo. 

Desde às 18h, a família está tentando contato com a empresa, porém, ninguém atende nos telefones disponíveis. Segundo os parentes, em algumas ocasiões as chamadas são recusadas.

A família se dividiu na noite desta sexta-feira (1) para tentar o contato. Enquanto algumas pessoas ficaram em casa tentando ligar, uma sobrinha e outros parentes foram até o aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, para tentar algum contato direto com atendentes da companhia aérea que fará o translado.

Montanhista curitibano morreu após ser picado por cobra resgatando a companheira

Segundo uma mensagem de áudio enviada por Queila Souza para familiares do montanhista, os dois subiram o Cerro Trinidad e quando iniciavam a descida, por volta das 16h, o acidente aconteceu.

“Quando eu subi eu já encontrei ele morto”, contou Queila.

Na ocasião, a mulher – que caiu de uma altura aproximada de 200 metros- bateu a cabeça, desmaiou e acordou quando já era noite. Sem nenhum visibilidade, ela permaneceu no local até a manhã de segunda-feira (28), quando subiu a trilha e encontrou o montanhista curitibano morto, deitado em uma pedra. Ela chegou acreditar que ele estivesse dormindo, mas quando tocou em Sandro, percebeu que o corpo já estava frio e que ele apresentava mãos e lábios roxos.

SANDRO VIVIA NO PANAMÁ HÁ CERCA DE UM ANO E MEIO. (FOTO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK/SANDRO GODOY)

“Em que momento que ele levou a mordida também não sei porque eu nem sabia que ele tinha levado a mordida. Quando eu subi eu já encontrei ele morto. Isso quer dizer o que, que ele foi picado depois que eu caí ou ele tava tentando me resgatar ou, de repente, uma cobra tava ali em cima já ou talvez eu até tenha me assustado com a cobra . Eu não me lembro. Acho que por conta do trauma, eu esqueci”, explicou a companheira do montanhista.

Ainda conforme Queila, os bombeiros que fizeram o resgate dos dois também observaram pegadas de Sandro em direção ao local onde ela estava desacordada, o que pode apontar que o montanhista foi picado pela cobra enquanto tentava resgatá-la.

A família não sabe informar qual cobra picou a vítima, mas pontuou que o montanhista estava com a mão bastante inchada quando foi encontrado morto.

Guilherme Becker
Guilherme Becker

Editor

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.