Trilha repercutida nos últimos dias, na qual a brasileira Juliana Marins caiu, ela é marcada por um caminho de difícil acesso até o vulcão Rinjani, na Indonésia. O local está a 3.726 metros de altitude, localizado na ilha de Lombok e é o segundo maior do país. A jovem de 24 anos continua esperando por resgate; veja local.

Parque Nacional Monte Rinjani.
Rota para o pico do Monte Rinjani é conhecida por ser íngreme (Foto: reprodução/ Creativecommons)

Conforme informações do Parque Nacional do Monte Rinjani e de agências de montanhismo locais, o trajeto até o pico do vulcão pode levar até quatro dias. A área preservada é de 41 mil hectares, atraindo turistas de ao redor do mundo.

Ela conta com um monte que combina a caldeira do vulcão, com mais de 50 quilômetros quadrados, e guarda o lago Segara Anak, uma fonte termal natural.

A publicitária começou o trajeto na sexta-feira (20), quando caiu a aproximadamente 300 metros da trilha. Ela faria a escalada até domingo (22). De acordo com a irmã da vítima, Mariana Marins, Juliana está há mais de 50 horas sem comida e na espera do resgate.

Conheça a localização exata na qual a brasileira caiu

Devido à altitude e variações de umidade no local, a temperatura ao longo do trajeto da trilha pode chegar a 4 °C. Nas redes sociais, montanhistas relatam a dificuldade para acessar o topo do monte. A maioria revelou dificuldades causadas pela poeira, especialmente nos meses de junho e agosto, e pela caminhada escorregadia na subida; veja

Vista geral do Monte Rinjani e Lago Segara Anak

Parque Nacional Monte Rinjani.
Monte, no qual Juliana Marins caiu, está localizado na ilha de Lombok (Foto: reprodução/ Google)

Pico do Monte Rinjani: ponto final da trilha

Parque Nacional Monte Rinjani.
Monte, no qual Juliana Marins caiu, está localizado na ilha de Lombok (Foto: reprodução/ Google)

Cemara Tunggal: ponto da trilha na qual Juliana Morins escorregou

Parque Nacional Monte Rinjani.
Monte, no qual Juliana Marins caiu, está localizado na ilha de Lombok (Foto: reprodução/ Google

O Ministério das Relações Exteriores afirmou neste domingo que a embaixada brasileira em Jacarta, na Indonésia, está acompanhando o caso da brasileira. Conforme informações repassadas ao governo brasileiro, equipes de resgate estão na área trabalhando em condições difíceis.

“Os gritos de socorro da vítima se tornaram o ponto de partida para uma rápida coordenação entre as partes para realizar a evacuação”, disse o chefe do Parque Nacional do Monte Rinjani (BTNGR), Yarman, em sua declaração oficial.

Drone mostra posição da brasileira que caiu

Com vídeo registrado por turistas é possível entender a primeira localização na qual a brasileira caiu. A área é de difícil acesso e existem diversas condições que implicam o resgate de Juliana Marins. A brasileira espera por resgate há mais de 50 horas; veja.

  • Terreno Íngreme e de difícil acesso;
  • Neblina intensa: a baixa visibilidade impede que as equipes localizem Juliana. A neblina cobre a região quase o tempo todo;
  • Terreno escorregadio: o sereno deixa as pedras lisas, aumentando o risco de novos acidentes tanto para Juliana quanto para os socorristas;
  • Clima instável: as buscas chegaram a ser suspensas devido ao mau tempo e só foram retomadas com a melhora parcial das condições no domingo;
  • Falta de equipamentos: segundo a irmã de Juliana, as equipes não conseguiram alcançá-la por falta de cordas com comprimento suficiente;
  • Sem helicóptero: a família considera o resgate aéreo como “última esperança”, mas até agora não houve mobilização de aeronaves;
  • Deslocamento após a queda: após cair cerca de 300 metros, Juliana estava consciente, mas sem conseguir se levantar. A neblina e o terreno instável podem ter feito ela escorregar ainda mais para baixo;

Histórico de mortes no local

  • Morte de alpinista malaio (maio de 2025): Rennie Abdul Ghani, 57 anos, caiu em um desfiladeiro de cerca de 80 metros na trilha Banyu Urip do Monte Rinjani, em Lombok, Indonésia.
  • Queda fatal de turista português (agosto de 2022): um homem identificado como Boaz Tan Anam despencou aproximadamente 150 m dentro da cratera, aparentemente tentando tirar uma selfie no topo.
  • Acidente em 2024 com turista suíça: Melanie Bohner, da Suíça, escorregou e caiu em um barranco do Anak Dara Hill, parte da área do Rinjani, resultando em sua morte.

Conheça Juliana Marins

Natural de Niterói, no Rio de Janeiro, a brasileira tem 27 anos e já viajou para diversos continentes e países. Entre os registros em seu perfil no Instagram, constam viagens para Espanha, Holanda, Vietnã, Alemanha, Uruguai e Egito, onde fez um intercâmbio.

A jovem é dançarina profissional de pole dance e se apresenta artisticamente, além do mochilão que estava realizando quando caiu na Indonésia.

Juliana Marins, jovem que caiu em lugar de difícil acesso em vulcão
A brasileira fazia um “mochilão” pela Ásia (Foto: Reprodução/X)

Brasileira Juliana Marins é encontrada morta

Nesta terça-feira (24), foi confirmada a morte da turista brasileira Juliana Marins. Clique aqui e entenda os detalhes do resgate do corpo.

*Com supervisão de Guilherme Fortunato

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Alana de Abreu

Estagiária de jornalismo

Aspirante a jornalista, Alana se dedica ao jornalismo investigativo, além de se especializar nas editorias de Cultura, como agenda de shows e listas 'de que fazer' na cidade, e de Entretenimento. Atualmente no quinto período de Jornalismo na Universidade Positivo, iniciou sua trajetória há 2 anos, começando como produtora de audiovisual.

Aspirante a jornalista, Alana se dedica ao jornalismo investigativo, além de se especializar nas editorias de Cultura, como agenda de shows e listas 'de que fazer' na cidade, e de Entretenimento. Atualmente no quinto período de Jornalismo na Universidade Positivo, iniciou sua trajetória há 2 anos, começando como produtora de audiovisual.