Mais de 450 pessoas morreram e aproximadamente 720 ficaram feridas nesta quinta-feira (24) num tumulto em Mina, perto de Meca, durante um dos rituais da peregrinação anual, segundo um novo balanço da Defesa Civil da Arábia Saudita. “O número de mortos é agora de 453 e o dos feridos de 719”, escreveu a Defesa Civil, no Twitter.

Esta é a última atualização de uma contagem de vítimas que não tem parado de subir desde um primeiro balanço de 100 mortos e 390 feridos. Até ao momento, não foram identificadas as razões para a correria desordenada em Mina.

O Irã atribui a tragédia, que matou 43 dos seus cidadãos, a erros de segurança.

Said Ohadi, chefe da organização iraniana do hajj (peregrinação), declarou à televisão estatal do Irã que o bloqueio de dois caminhos perto do local onde os peregrinos fazem o ritual do apedrejamento simbólico de satanás, deixando apenas três percursos livres, foi o que causou o “trágico incidente”.

“O incidente de hoje mostra má gestão e falta de atenção em relação à segurança dos peregrinos. Não há outra explicação. As autoridades sauditas devem ser responsabilizadas”, disse Ohadi.

O incidente é o segundo a atingir os fiéis muçulmanos este ano na Arábia Saudita, após a queda, há dez dias, de uma grua no interior da grande mesquita de Meca, que causou a morte de 109 pessoas e feriu mais de 400.

A peregrinação está entre os cinco pilares do islamismo e todos os muçulmanos deverão realizá-la pelo menos uma vez na vida.