Um vídeo de uma mulher negra sendo acusada, injustamente, por furto, dentro de um ônibus em Curitiba, viralizou nas redes sociais. Um idoso chamou a Polícia Militar (PM), após perceber que sua carteira havia sido levada. Após indicação da vítima, uma mulher negra foi revistada, porém, não era ela que havia cometido o crime e sim uma passageira branca, que estava na parte de trás do veículo.
Após a segunda abordagem, a PM solicitou que uma outra passageira pegasse a carteira do idoso que estava dentro da calça da suspeita. A mulher foi encaminhada a Central de Flagrantes de Curitiba.
Acusação dentro de ônibus em Curitiba
O caso foi registrado na última quinta-feira (16). Dentro de um ônibus biarticulado, da linha Santa Cândida/ Capão Raso, um idoso percebeu que tinha sido furtado. Próximo ao Shopping Estação, uma viatura da PM, que estava parada em uma praça, foi chamada e logo abordou o veículo.
O idoso então apontou uma passageira negra como responsável pelo furto. Os policiais então realizaram a abordagem e revistaram a bolsa, entretanto, nada foi encontrado. Enquanto era realizado o procedimento, uma jovem que filmava a ação acusava o idoso de racista. “Nossa cor passa por isso todos os dias”, chegou a gritar a mulher que filmava.
Pouco depois, enquanto os pertences da mulher ainda eram revistados, uma idosa abordou os policiais e informou que uma moça branca, de blusa verde, escondeu uma carteira dentro da calça. Um militar foi até o fundo do ônibus, identificou a outra suspeita e realizou a revista.
Após trazer a mulher branca próximo a primeira suspeita, o militar pediu para uma outra passageira colocar a mão dentro da calça da mulher e retirar a carteira. Neste momento houve uma reação animada dentro do ônibus, porém, a jovem que filmava a ação cobrou de todos as acusações racistas.
Assista toda a abordagem:
Confira o texto que a jovem que filmou postou nas redes sociais junto com o vídeo.

Polícia Militar divulga nota oficial
A Polícia Militar do Paraná (PMPR) divulgou uma nota oficial sobre a ocorrência. De acordo com a PMPR, a instituição é treinada e preparada para ser acionada sem nenhum formalismo, como foi neste caso. A nota ainda ressalta, que a primeira mulher abordada foi indicada pela vítima como principal suspeita.
“Independente de cor, raça ou gênero a PM atua com objetivo de salvaguardar vidas e proteger aqueles que, por ventura, encontrem-se vulneráveis ou necessitados de apoio da Corporação. A PM abordou, neste caso, uma mulher negra, que foi indicada pelas vítimas, mas fez a abordagem com o consentimento dela, assim como abordou outra mulher, igualmente indicada no local”, esclarece a nota.
O documento ainda ressalta que a situação foi esclarecida de maneira rápida. “A PM atua juntamente com a população e foi com informações de populares que conseguiu resolver esta situação e devolver os pertences ao cidadão, além de garantir a segurança para toda a comunidade que estava naquele ônibus”, aparece em outro trecho.