A Polícia Civil do Paraná divulgou novas imagens que mostram o acidente que matou o motoboy Matheus Gerchevski Carneiro dos Santos, de 23 anos, na Cidade Industrial de Curitiba. Os vídeos comprovam que o motorista da Renault Duster que atingiu a motocicleta em cheio furou o sinal vermelho e ainda arrastou a vítima por mais de 150 metros.
A colisão ocorreu no início da madrugada do último sábado (12) no cruzamento entre as ruas Professor Pedro Viriato Parigot de Souza e Angelo Nabosne. Matheus havia acabado de encerrar o expediente na pizzaria em que trabalhava e seguia para casa, com uma pizza para comer com a esposa e o filho, quando a tragédia aconteceu.
Ainda no local, o condutor, que não teve sua identidade divulgada, foi preso em flagrante após passar pelo teste do bafômetro. De acordo com a Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), ele teve a fiança estipulada em pouco mais de R$ 3 mil e, a princípio, irá responder por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) na direção de veículo automotor qualificado por embriaguez ao volante.
No entanto, o delegado Leonardo Carneiro explica que caso seja comprovado o uso de velocidade excessiva, o motorista poderá vir a responder por dolo eventual.
“Em uma análise o fato dele furar o sinal vermelho caracteriza sua culpa no crime de homicídio e o fato dele ter consumido bebida alcoólica antes da direção do veículo automotor qualifica o crime de homicídio pelo fato de ele estar embriagado. Então de início, só temos elementos que caracterizam homicídio culposo. Agora nós vamos realizar algumas diligências, solicitar laudos referente ao local da morte, análise da velocidade. Uma velocidade bem acima do permitido pela via pode caracterizar sim dolo eventual”, pontuou Carneiro.
Durante o fim de semana, mais de 150 motoboys fizeram um protesto pedindo por justiça e mais segurança no trânsito.
Moradores da região declararam à RIC Record TV que acidentes graves são comuns na região e que apesar das solicitações, até o momento, nenhuma providência foi tomada. “Nós não estamos entendendo o que está acontecendo aqui. Faz nove anos que nós somos moradores, havia uma lombada, tiraram. Colocam radar, tiram. Eu não estou entendendo por que isso, já morreu uma menina atropelada”, desabafou Saionara Tonin.
“Estivemos na prefeitura por três vezes na Setran, tem uma lista de protocolo dos moradores pedindo providência. A resposta que eles nos dão é que está em licitação, que tem que aguardar, que não tem verba disponível. Essa é a resposta que nós temos” , completou Jamir Ros.