"Eu choro todos os dias", diz suspeito de mandar matar a mulher em Piraquara
Maikon Uliana Rosa, suspeito de mandar matar a esposa, Fernandes Estefanes Quadros, de 34 anos, foi preso na quarta-feira (1º) e, ao chegar na delegacia em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), negou as acusações. “Sou inocente”, disse.
A família e amigos da vítima esperavam por uma resposta da polícia desde dezembro de 2021, quando o crime aconteceu. Agora, as investigações apontaram que Maycon encomendou a morte da esposa. Mesmo assim, ele nega envolvimento.
“Falaram que eu mandei matar minha esposa, mas isso aí nunca na vida. Eu amo ela. […] eu choro todos os dias”.
afirmou Maycon.
A vítima foi assassinada em frente de casa, no bairro Vila Nova, em Piraquara. O atirador disparou pelo menos seis vezes contra a vítima e, na sequência, fugiu com a bolsa e o celular da mulher.
O autor do crime foi identificado como Cássio Soares Ribeiro, que tinha quatro mandados de prisão em aberto e foi encontrado morto dias depois. A Polícia Civil acredita que Maikon é o responsável pela morte de Cássio, como queima de arquivo. Porém, Maikon afirma não conhecê-lo.
“Não sei quem é. […] isso é mentira”,
relatou.
Segundo parentes, a mulher estava em processo de separação, e o ex-companheiro já havia realizado ameaças. Na época, a RICtv teve acesso a áudios que o suspeito enviou à vítima. “Eu sei que você estava me traindo. Que você tem outro. Eu sei disso, eu não sou burro. […]”Eu não vou te perder, já falei! Se for preciso eu dou um tiro na sua cara e depois dou um tiro na minha. Eu não fico com ninguém e nem você fica”, ameaçou.
Ao ser questionado se o casal brigava, o suspeito contou que aconteciam algumas discussões por ciúmes mas que isso era normal da relação. E ainda afirmou não ter conhecimento sobre casos extraconjugal da mulher, algo que ele havia acusado a companheira em áudios.
Outro áudio mostra ele negando o crime. “Se soubesse o tanto que eu gosto dessa mulher, eu amo essa mulher. Acha que eu ia fazer mal pra mulher que eu amo? Mãe da minha filha, 13 anos juntos”.
Ao chegar na delegacia, o rapaz também contou que já ia se entregar. “Eu já tinha até falado com o advogado. Eu queria me entregar em Ivaiporã porque eu queria ficar próximo da minha filha, eu não estava aguentando mais isso aí não”.
“Só quero que isso seja esclarecido para que ficar perto da minha filha, só isso e mais nada”,
afirmou.