Brasil - Uma mulher de 20 anos usou usou um aplicativo para ser salva de violência doméstica. Por meio do “Chame a Frida”, sistema de atendimento automatizado da Delegacia da Mulher da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), ela denunciou ser mantida em cárcere pelo companheiro em Santa Bárbara, região central do estado.

Uma mulher usou um aplicativo para se salvar de violência doméstica. Na imagem, vemos uma viatura da Polícia Civil de Minas Gerais, estado onde ocorreu o caso.
A mulher, que usou o aplicativo para se salvar de violência doméstica, entrou em contato por mais mais de uma vez até denunciar que era mantida em cárcere (Foto: Divulgação/Polícia Civil de Minas Gerais)

Segundo a PCMG, a vítima utilizou a ferramenta para entrar em contato na terça-feira (19). Apesar de somente ter esclarecido dúvidas, o contato chamou atenção do delegado Vitor Amaro Beduschi Beloti, que identificou sinais de vulnerabilidade.

Na quarta-feira (20), a jovem enviou uma nova mensagem e relatou estar em cárcere privado, além de ter sido agredida no dia anterior. Ela ainda disse ter medo do companheiro, de 23 anos, que estava no trabalho naquele momento.

Diante da gravidade, o delegado acionou a Guarda Municipal e resgatou a mulher que usou o aplicativo , que estava emocionalmente abalada. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar os crimes de ameaça, cárcere privado e lesão corporal, além de solicitar medidas protetivas.

Mulher usa aplicativo para se salvar de violência doméstica: como funciona o “Chame a Frida”

Uma mulher usou o aplicativo whatsapp para se salvar de violência doméstica. Na foto, vemos um celular com o contato de WhatsApp do "Chame a Frida" de Guanhaes, em Minas Gerais.
O sistema “Chame a Frida” permite que mulheres em situação de risco acionem a polícia de forma rápida e discreta pelo WhatsApp (Foto: Divulgação/PCMG)

O “Chame a Frida” é um atendimento virtual disponível 24 horas pelo WhatsApp. O sistema responde de forma imediata e envia mensagens automáticas para orientar mulheres vítimas de violência.

A mulher que usou o aplicativo para se salvar de violência doméstica entrou em contato, em primeiro momento, para tirar dúvidas, e fez a denúncia posteriormente.

A Frida também faz uma avaliação preliminar do risco de cada caso. Ela permite que mulheres agendem horário para comparecer em uma unidade policial, programar a realização do exame de corpo de delito, dentre outros serviços. Sempre que necessário, a mulher é direcionada para falar diretamente com um policial civil.

*Com supervisão de Jonathas Bertaze.

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Caio Stelmatchuk

Estagiário de jornalismo

Caio Stelmatchuk é estudante de jornalismo na PUCPR, dedica-se a pautas de Cotidiano, Segurança e Economia.

Caio Stelmatchuk é estudante de jornalismo na PUCPR, dedica-se a pautas de Cotidiano, Segurança e Economia.