Uma mulher de 30 anos que trabalhava como cuidadora de uma creche foi condenada a 25 anos de prisão após matar uma bebê de 11 anos envenenada com soda cáustica. A condenação aconteceu em Lyon, na França, na última quarta-feira (2), mas o crime ocorreu em 2022.
No dia 22 de junho daquele ano, Myriam Jaouen estava sozinha durante a abertura da creche e recebeu Lisa, a bebê de 11 meses, diretamente do pai da criança. Alguns minutos depois, duas mães que traziam seus filhos encontraram a cuidadora em pânico enquanto Lisa vomitava.
Imediatamente, Lisa foi levada para o hospital, chegando lá ao final da manhã. Entretanto, a bebê não resistiu aos ferimentos causados pela soda cáustica e morreu.
Durante o julgamento, a funcionária confessou que fez a bebê ingerir um produto químico usado para limpar ralos e desentupir encanamentos. Entretanto, a funcionária afirma que não tinha intensão de matar a criança. De acordo com a ré, ela queria “calar” a criança, pois ela estava “machucando seus ouvidos”.
Conforme a advogada de defesa, Julia Coppard, Myriam foi tomada por uma “violência impulsiva” no dia do crime. Um laudo psiquiátrico apresentado à Justiça indica que a ré sofre de “deficiência intelectual de leve a moderada” e possui uma “tendência à mitomania e à fabulação”.
“Naquele dia, acredito que Myriam chegou ao limite do que podia dar, ao máximo de sua capacidade mental”, afirmou Coppard. “Ela parou de pensar, estava desconectada, agiu de forma agressiva”.
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De acordo com o relato de Myriam, ela precisou segurar o pescoço de Lisa com força para que ela ingerisse o produto químico. A informação foi comprovada pelo legista, que encontrou diversos hematomas no corpo da menina que indicam que ela foi imobilizada.
“Segurei seu pescoço com força e despejei o líquido em sua boca”, contou Myriam.
Segundo a patologista forense que realizou a autópsia da bebê, Tiphaine Guinet, a bebê de 11 meses morreu após ingerir uma quantidade “significativa” de soda cáustica. A causa oficial da morte foi classificada como necrose completa do sistema digestivo.
Por fim, a funcionária da creche foi questionada pela acusação o motivo pelo qual não pediu ajuda para salvar a bebê. Em resposta, Myriam afirma que não sabe o motivo, mas que estava com medo das consequências, afirma o portal francês Ouest.
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Repórter
Formada em Jornalismo pela PUCPR, especialista na área de Esportes, Cultura e Segurança, além de assuntos virais da internet e trends das redes sociais.
