Everton dos Santos, preso suspeito de participar da morte do próprio filho João Wesley de Lara, acusa Emilly Amanda de Lara Pereira, mãe do bebê, pelas agressões que teriam causado a morte da criança de apenas 10 meses.

Informações retiradas do celular de Emilly mostram que ela fez as seguintes pesquisas: “laudo do IML”, “Resultado laudo necropsia” e buscou sobre outro caso emblemático, a morte do menino Henry Borel.

A morte do pequeno João Wesley completa um ano no dia quatro de março. No dia 28 de fevereiro de 2021, o bebê teve uma convulsão enquanto tomava mamadeira e precisou ser internado no Hospital Evangélico de Curitiba. Dias depois, a equipe informou que a criança teve morte encefálica, apresentava sangramento na cabeça, hematomas pelo corpo, uma possível fratura no braço e fissuras anais.

De acordo com a reportagem da RICtv, Emilly alegou que seu filho teria sido machucado no hospital, porém, durante as investigações a mulher acusou Everton de cometer as agressões e disse que também era vítima do rapaz. Testemunhas foram ouvidas sobre o caso.

Indícios contra Emilly

Segundo Rodrigo Costa Machado, advogado de defesa de Everton dos Santos, existem indícios que a causa da morte de João Wesley pode ter sido a síndrome do bebê sacudido, quando a criança é chacoalhada com força suficiente para que o cérebro balance e bata na caixa craniana. O movimento causa um trauma brutal e hemorragia podendo levar a criança a óbito.

O advogado também comenta sobre as pesquisas feitas pela mãe da criança. “Um vereador está sendo acusado de ter matado o enteado e a mãe repentinamente mudou sua versão e começou a acusar o pai. Coincidência ou não, isso apareceu no laudo do celular da Emily, logo após o Everton ser preso ela passou a acusá-lo se colocando como vítima”, disse.

Cartas de amor

Ainda conforme a defesa de Everton, a mulher teria encaminhado para o homem, que já estava preso, cartas de amor logo após acusá-lo de ter causado a morte do filho.

“Todo mundo vai saber que você é o grande amor da minha vida. Comprei uns envelopes para você mandar uma carta. E por favor, eu imploro, não conte para sua avó nem para o seu advogado que te mandei essa carta, tá bom?”,

diz um trecho da carta.

“Everton, não entendo o porquê de tudo na nossa vida. Muita gente criticando, julgando, e, por favor, não acredite em tudo que te falam. Porque nem tudo é verdade. Eu quero me casar com você”, diz outro trecho.

O advogado do pai de João ainda disse que a carta de amor teria sido escrita por Emilly, no dia 7 de junho do ano passado, para ser entregue a Everton.

Relembre o caso

Na madrugada do dia 28, a mulher teria recebido uma ligação do marido dizendo que o filho tinha passado mal e precisava de atendimento médico.

O casal levou João até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Tatuquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), onde ele chegou desacordado e deu entrada às 2h28. O relatório de uma enfermeira da unidade fala que o menino estava com um ferimento no rosto, no lábio superior. Ele foi transferido para o Hospital Evangélico por volta das 5h, onde foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Apesar dos esforços da equipe, o bebê não resistiu aos ferimentos e teve morte encefálica no dia 2 de março.

O laudo do IML também apontou que o menino tinha diversas fraturas pelo corpo, além de marcas de pancadas fortes que teria recebido na cabeça.

Everton foi preso no dia quatro de maio e Emilly teve o mandado de prisão expedido no dia 20 de maio por omissão diante dos maus-tratos cometidos pelo pai da vítima. Ela está em regime semiaberto.

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