Uma idosa, de 70 anos, vive dias de drama. Ela se mudou de Maringá, no Noroeste do Paraná, para Salvador, na Bahia. Evanete Santos Ornelas pagou uma empresa para transportar suas roupas e objetos. Toda a mudança foi tirada da casa antiga em 24 de setembro, mas ainda não chegou ao destino.
Em entrevista para reportagem da RIC Record TV Curitiba, Evanete contou que morava sozinha há três anos em Maringá. Recentemente ela decidiu voltar para Salvador, onde tem casa própria e os familiares. Ainda no interior do Paraná, um vizinho recomendou um conhecido, que trabalha no ramo, para fazer o frete. A cliente pagou pelo serviço e tudo parecia caminhar bem, até que a pessoa que faria o trabalho relatou que não poderia transportar a mudança. Ele mesmo indicou uma empresa de Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, e contratou o serviço terceirizado.
Ainda de acordo com a cliente, a empresa terceirizada deu prazo de seis dias para a mudança chegar em Salvador. Os dias passaram e até agora o caminhão não chegou. Por duas semanas, a idosa manteve contato com a empresa. Por telefone, a transportadora alegava problemas mecânicos no caminhão que levava as coisas dela.
“Ele tá na oficina arrumando né. O rapaz vai passar sua mudança no caminhãozinho pra levar aí…o rapaz da oficina vai levar lá. Amanhã cedo”, disse o responsável pelo frete.
Evanete chegou na Bahia com a roupa do corpo e está usando roupas emprestadas.
“Estou sem roupa nenhuma. Peguei umas peças da minha irmã para ficar em casa até resolver essa situação”, contou a cliente.
Ela conta que seguiu tendo contato com o responsável pela mudança até 14 de outubro. Depois disso, foi bloqueada e a empresa não atende mais as ligações.
“É pelo valor sentimental, não pelo financeiro. Eu acho desonesto da parte dele fazer isso”, desabafou.
A reportagem da RIC Record TV foi atrás do endereço da empresa no bairro Eucaliptos de Fazenda Rio Grande. No local encontraram uma casa fechada. Os vizinhos foram questionados quanto a existência da empresa e sobre o proprietário. Todos responderam que nunca ouviram falar. A equipe tentou contato nos telefones que estão no cartão de apresentação, mas o telefone estava desligado.
Enquanto isso, a idosa continua usando roupas emprestadas da irmã e nervosa por não saber se um dia vai receber a mudança em Salvador.
“Estou na expectativa e na ilusão de ter minhas coisas de volta. Direto eu saio correndo para frente da casa para ver se o caminhão está chegando”, confessou Evanete.
Quanto ao dinheiro que foi pago para conhecido do ex-vizinho da idosa, ela se recusou a pegar de volta. Ele se colocou a disposição dela para buscar a mudança assim que for localizada.