Sérgio Donizetti Luciano, um ex-professor de educação física da rede estadual de ensino do Paraná, está preso nos Estados Unidos suspeito de cometer estupros e assédio sexual com alunos e atletas de vôlei em Curitiba. Alguns dos crimes denunciados teriam acontecido em 2013, em uma escola do bairro Xaxim, na capital paranaense. Sérgio era membro da Confederação Brasileira de Voleibol e já teria treinado atletas de renome, como Giba e Serginho.
Sérgio chegou a ser condenado ainda no Brasil, em 2018, por crime contra a dignidade sexual de dois meninos. O homem recebeu pena de oito anos em regime semiaberto e, na época, teve o direito de recorrer em liberdade. Em 2019 foi para os Estados Unidos para treinar um time de vôlei norte americano, em Wahwington. Em 2020, a Justiça brasileira expediu um mandado de prisão contra ele e o ex-professor foi detido novamente em 28 de abril deste ano.

Na internet, algumas das vítimas relataram os abusos sofridos e traumas deixados pelo ex-professor. “Sei de uma história dele com os meninos do vôlei, toda semana tinha que fazer avaliação física, os meninos tinham que ficar só de cueca e o mesmo dizia que tinha que fazer teste de sensibilidade tocava no *** dos meninos e depois assoprava e perguntava se os mesmos sentiam”, escreveu uma ex-aluna.
Ainda, há relatos de que o ex-treinador aproveitava exercícios em que os alunos tinham que se abaixar para ficar próximo das vítimas e cometer os assédios.
“[As vítimas eram] Sempre meninos. Ele chegava e dizia assim, ‘olha, você tá pronto para a Seleção, só falta uma coisinha simples, o teu ombro está com problema. Ele tinha um livro e envolvia os adolescentes dizendo assim, que era um trabalho corporal que ele ia fazer. Ele chegou e falou assim ‘o teu problema está porque você é virgem, mas eu dou o meu corpo para você, eu gosto tanto de você, eu sou o teu técnico, eu dou meu corpo para você para você conseguir liberar isso corporal que você tem'”.
contou outra ex-aluna.
Uma vítima contou ainda que foi abusada na própria casa, com os pais dentro da residência, e no apartamento do suspeito. Não há um número exato de vítimas, já que muitas crianças podem ter sido abusadas e não procuraram ajuda. Sérgio segue detido e os advogados afirmaram que não vão se manifestar, já que o caso está sob segredo de Justiça.