Curitiba - Jhonatan Barros Cardoso, de 27 anos, principal suspeito de matar o jornalista Cristiano Luiz Freitas, em Curitiba, é investigado por praticar crimes de roubo e extorsão contra pelo menos seis vítimas, conforme a Polícia Civil do Paraná (PCPR). Algumas delas relataram os momentos de tensão que passaram ao conhecer Jhonatan.

Uma das vítimas, que não será identificada, afirmou que conheceu o suspeito de matar o jornalista por aplicativo de namoro e que chamou Jhonatan em casa. Ainda, relatou que o suspeito apontou uma arma e disse que se a vítima tentasse se movimentar ele iria atirar.
“Quando ele subiu no apartamento ele pediu para ir ao banheiro, eu falei “vai, fica a vontade”, no momento em que ele abriu a porta ele já saiu com uma arma e disse “isso aqui não é serviço nenhum, eu sou bandido e preciso de dinheiro”. Ele falou que estava devendo R$ 15 mil, pediu para eu sentar no sofá e que se eu me movimentasse ele ia tirar minha vida”, relatou à polícia.
Após o ocorrido, o suspeito fugiu, no entanto, foi preso depois de ser localizado pela polícia. Durante a prisão, as equipes encontraram cartões em nome de outras pessoas e assim descobriram outra vítima.
No dia 6 de agosto de 2024, um Boletim de Ocorrência (B.O) foi registrado. A vítima relatou ter sido ameaçada com uma arma para transferir R$ 3 mil, porém conseguiu enviar somente R$ 2,5 mil. Ainda, o suspeito levou um macbook, um iphone, carteira com cartões de crédito e documentos da vítima. Depois do crime, Jhonatan teria enviado mensagens para familiares da vítima pedindo mais dinheiro.
“Ele era um cara boa pinta, alto, interessante. Eu entrei em um aplicativo de paquera, ele se ofereceu de vir na minha casa, quando eu abri a porta era um assalto. Ele estava com uma arma na minha cara. Me abalou emocionalmente de ter que buscar ajuda psicológica, tomar remédio, atrapalhou minha vida em vários aspectos de eu não confiar em pessoas e até hoje eu lido com esse trauma e toda hora eu acho que alguém vai tirar uma arma e atirar na minha cara”, relatou outra vítima do suspeito.
Jonathan foi condenado pela Justiça na época mas foi colocado em liberdade no dia 13 de janeiro de 2025.
Suspeito de matar jornalista deixou prisão 50 dias antes do crime
Jhonatan Barros Cardoso, de 27 anos, cumpria pena por roubar e extorquir outra vítima, mas foi liberado pela Justiça para recorrer em liberdade.
Após ser preso, ele passou quatro meses e 25 dias detido preventivamente, até o julgamento do caso, em janeiro deste ano. Ele foi então condenado a quatro anos, oito meses e 12 dias de prisão no regime semiaberto.
Em seguida, ele teve a prisão provisória suspensa por decisão da 8ª Vara Criminal de Curitiba. Assim, a Justiça autorizou o réu a recorrer da sentença em liberdade, de acordo com a jurisprudência para condenados ao regime inicial semiaberto ou aberto.
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