O sentimento ainda é de medo. Uma senhora que preferiu não se identificar conta que dois meses atrás ela foi forçada a ir até a clínica. Ela confessa que ingeria bebidas alcoólicas em uma praça, quando foi surpreendida.
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“ Eu estava ingerindo bebida alcoólica com algumas pessoas. Quando eu levantei para ir para casa, uma pessoa pegou eu pelo braço e falou vamos passear, eu disse que não, mas ela chegou perto do carro e me empurrou para dentro do carro, daí ela me levou para essa clínica.”
Sonora sem identificação
Na última terça-feira (26) uma operação que envolveu Polícia Militar, Civil e Guarda Municipal, resgatou 16 mulheres de uma chácara, na região do Bairro Três Lagoas, onde funcionava uma suposta clínica de reabilitação para dependentes químicos, e que não tinha alvará. A coordenadora do espaço foi levada para delegacia, ouvida e liberada na sequência. Mas na quarta-feira ela foi presa e passou a ser investigada por cárcere privado, maus-tratos e sequestro.
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A polícia apura também investiga supostos crimes de tortura física e psicológica, cometidos na clínica. Algumas vítimas disseram em depoimento que chegaram a apanhar da pastora.
“Era obrigada a tomar remédio, porque ela era agressiva e violenta. As meninas não queria, mas ela forçava.” sonora sem identificação
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“Ela bateu de chinelo uma mulher, bateu até que a perna ficou vermelha e depois roxa. Ela apanhou por conta de um cigarro.”
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Na chácara os policiais também encontraram latas de cerveja e maços de cigarros. Entre as dezesseis mulheres, quatro estão sob os cuidados da Secretaria de Assistência Social de Foz do Iguaçu, por tempo indeterminado.
“Elas passaram por processos difíceis no local em que elas estavam, o processo agora é então cuidar do restabelecimento delas para que estejam seguras e então decidir o caminho que querem tomar.”
Elias Oliveira – Assistência Social