A viúva Rosimari Costa Lima classificou como “covarde” o homem suspeito de assassinar o marido e o filho dela, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Em entrevista exclusiva à Ric RECORD, ela voltou a afirmar que o crime foi motivado por intolerância religiosa.

À esquerda, vemos Rosimari Costa Lima, a viúva que chamou o homem suspeito de matar seu marido e filho de "covarde". Ela é uma mulher branca de cabelo preto. À direita, vemos foto das duas vítimas. Claudecir é um homem branco de cabelo preto e usa uma camiseta vermelha. Felipe é um garoto branco de cabelo preto e usa uma camiseta cinza. Ambos estão com o rosto pintado de lama.
Em depoimento à Polícia Civil, o suspeito afirmou que tinha “medo” da família. (Foto: Reprodução / Ric RECORD)

Viúva chama homem que matou filho e marido de “covarde”

O caso ocorreu no último sábado (6). O suspeito disparou em Claudecir Costa Lima, de 52 anos, e Felipe Willyan Cardoso, de 17, que morreram no local. Rosimari relatou a dor da perda e disse que a família nunca fez nada que justificasse a violência.

“Eu estou aqui porque Deus está sendo meu escudo. Já chorei tanto que não tenho mais lágrimas para chorar. Ver um filho dentro do caixão, por uma injustiça de uma pessoa covarde, que matou meu filho e meu esposo com frieza, sem que eles nunca tivessem feito nada contra ele”, desabafou.

Segundo Rosimari, após o crime, a esposa do suspeito teria confirmado que o homem não gostava da família por causa da crença. Para ela, isso reforça a suspeita de intolerância religiosa como motivação do ataque.

O suspeito, no entanto, afirmou à Polícia Civil do Paraná (PCPR) que os conflitos foram motivados por desentendimentos sobre o estacionamento de veículos próximos à entrada da chácara onde morava. O homem também alegou que sentia medo da família.

“Ele trazia os familiares dele, fazia churrasco, mas nunca colocava os carros dentro da chácara dele, mesmo tendo espaço. Se você tivesse que entrar ou sair, ficava propício a eles, que ficavam com uma cara de deboche, dando risada, sabe? Eu tinha medo da família dele, porque eles têm um histório… E ele contava vantagem”, afirmou o suspeito em depoimento.

Apesar de ter confessado o crime, o suspeito não foi preso por não ter sido pego em flagrante. Cabe à Justiça decretar se ele deve continuar solto ou ser preso.

*Com supervisão de Jorge de Sousa

Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui.

Caio Stelmatchuk

Estagiário de jornalismo

Caio Stelmatchuk é estudante de jornalismo na PUCPR, dedica-se a pautas de Cotidiano, Segurança e Economia.

Caio Stelmatchuk é estudante de jornalismo na PUCPR, dedica-se a pautas de Cotidiano, Segurança e Economia.