A viúva do policial civil Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, morto durante a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro (RJ), prestou uma homenagem emocionante ao marido nas redes sociais nesta quarta-feira (29).

Lotado na 39ª Delegacia de Polícia (Pavuna), Cabral estava há apenas dois meses na instituição quando foi morto em confronto com criminosos. A ação, deflagrada pelas polícias Civil e Militar contra o Comando Vermelho (CV), deixou 121 mortos, incluindo quatro policiais — dois civis e dois militares do Bope —, segundo dados oficiais. A operação é considerada a mais letal da história do Estado do Rio de Janeiro e mobilizou cerca de 2,5 mil agentes.
Em uma publicação, a esposa de Rodrigo compartilhou uma foto com o marido e a filha e escreveu que ele “partiu cumprindo sua missão de proteger a sociedade”.
“Tínhamos uma vida inteira pela frente, cheia de planos que agora se transformam em saudade”, desabafou.
Na homenagem, ela lembrou o amor e a dedicação do policial à família e à profissão.
“Sua dedicação como policial civil era a prova do seu coração corajoso. Você partiu cumprindo sua missão de proteger a sociedade, e isso é um legado de bravura que jamais será esquecido. Você era um homem de princípios, de fibra e de uma coragem que inspirava a todos”, escreveu.
A viúva também destacou o papel de Rodrigo como pai e marido:
“Você foi o melhor pai que nossa filha poderia ter. O pai carinhoso, presente, que ensinava com paciência, que brincava com a energia de uma criança, e que a olhava com um orgulho que iluminava seu rosto. Ela era seu mundo, seu maior amor, e em cada gesto seu ela sentiu isso.”
O casal se conheceu ainda na adolescência, aos 15 anos, e construiu uma história de 17 anos juntos.
“Você foi o meu primeiro e único grande amor, o melhor amigo, o marido que me fazia sentir a mulher mais amada e segura do mundo. Foram 17 anos de caminhada lado a lado, desde que éramos apenas dois adolescentes. Tínhamos uma vida inteira pela frente, cheia de planos que agora se transformam em saudade”, concluiu.
O corpo de Rodrigo Velloso foi sepultado na quarta-feira (29) no Memorial do Rio, em Cordovil, zona norte da capital fluminense.
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