O vizinho que assassinou pai e filho em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), já tinha matado o cachorro da família a tiros e ameaçava os moradores com frequência. O suspeito foi até a delegacia na tarde desta segunda-feira (8) para prestar depoimentos mas foi embora.

pai e filho que foram mortos por vizinho
Pai e filho foram mortos a tiros. Suspeito fugiu em um caminhão (Foto: Reprodução/Ric RECORD)

As vítimas são Claudecir Costa Lima, de 52 anos, e Felipe Willyan Cardoso, de 17. Segundo o delegado Fábio Machado, da Polícia Civil do Paraná (PCPR), o objetivo do vizinho era matar a família inteira e a polícia suspeita que o crime tenha sido motivado por intolerância religiosa.

“Eles eram evangélicos e moravam na residência há algum tempo. Eram agricultores, pessoas pacíficas, mas, por algum motivo, o vizinho não gostava deles. Segundo relatos, porque eles eram crentes”, explicou o delegado.

Segundo as investigações, o suspeito do crime é Paulo Cesar da Silva. Ele teria passado o dia praticando tiro ao alvo e, à noite, foi até a casa da família dirigindo um caminhão.

Pai e filho mortos por vizinho

O suspeito chegou ao local com uma espingarda e dirigindo um caminhão. Ele chamou os dois para fora da casa e, em seguida, disparou contra ambos. Mesmo socorridos e levados à Unidade de Pronto Atendimento, não resistiram aos ferimentos.

O caminhão e a espingarda utilizados foram encontrados no bairro Umbará, em Curitiba. Ele está sendo procurado e pode responder por homicídio qualificado por motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima.

Mãe relata últimos momentos de filho morto

Em entrevista à Ric RECORD, Rosimari Costa Lima, mãe do adolescente, contou como foram os últimos momentos do filho.

Ao ouvir os tiros, Felipe se aproximou de uma das janelas para verificar o que havia ocorrido, quando foi atingido por um disparo e caiu dentro da sala.

“Quando eu agarrei ele, eu vi que ele não tinha força, mas não tinha visto que ele havia sido baleado. Então eu fui para o quarto da minha filha, ele foi andando junto, mas sem força. Quando eu vi, a camiseta dele estava cheia de sangue. […] Eu falava: ‘filho, pelo amor de Deus, não deixa a mãe’. Fiquei com ele até o final, mas ele foi rápido”, disse Rosimari em entrevista à Ric RECORD.

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Mahara Gaio

Repórter

Jornalista formada pela Universidade Positivo e pós-graduada em Jornalismo Digital. Produz pautas com foco em Clima e Tempo, além de Segurança, com ênfase em crimes e acidentes de repercussão no Paraná.

Jornalista formada pela Universidade Positivo e pós-graduada em Jornalismo Digital. Produz pautas com foco em Clima e Tempo, além de Segurança, com ênfase em crimes e acidentes de repercussão no Paraná.