Paranaense presa por 6 horas em bloqueio de rodovia relata apreensão: "sem previsão de ir pra casa"
As rodovias federais no Paraná e em Santa Catarina seguem bloqueadas na tarde desta segunda-feira (31) por manifestantes. Passageiros e motoristas relatam horas de espera nas filas em diversas partes do país. Uma delas é a paranaense Lidiane Iung, que esteve em Carambeí, nos Campos Gerais, para votar e ficou parada por seis horas no trânsito.
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Lidiane, que hoje vive em Porto Belo, em Santa Catarina, contou que deixou a rodoviária de Ponta Grossa por volta da 1h na madrugada de segunda (31). Conforme relato da passageira, o trânsito seguiu normalmente até Garuva-SC, quando o ônibus em que ela estava chegou ao trecho bloqueado pelos manifestantes.
“O ônibus parou em um restaurante próximo a Ponta Grossa para o lanche, quando o motorista foi avisado pelo rádio que a rodovia estava fechada”, contou.
Iung relatou que o motorista queria permanecer em Ponta Grossa, mas que foi orientado pela empresa a seguir com a viagem. “Ele nos avisou sobre o que estava acontecendo e orientou para todos comprarem comida e água na lanchonete”.
De acordo com a passageira, eles chegaram no pedágio de Garuva por volta das 5h e permaneceram no local até aproximadamente 11h30. Ela revelou que os manifestantes estavam tranquilos e que havia caminhões e ônibus parados e poucos carros.
“Nós ficamos em frente ao posto de pedágio e lá eles deram apoio com banheiro e água, além de ajudar as pessoas que estavam se sentindo mal”, explicou.
O ônibus de Lidiane cortou o bloqueio por uma estrada rural que dá acesso à rodoviária de Garuva, onde ela e os outros passageiros aguardam a liberação das estradas para conseguirem seguir viagem.
“Está sendo cansativo, mas até que estamos levando tranquilamente. Aqui tem restaurante, portanto fome não estamos passando. O problema é que não temos notícias de nada e nem previsão de irmos para casa”, finalizou.