"Se não aprovar a Previdência, o Governo Federal não tem como administrar o Brasil" diz Francischini

Publicado em 10 jun 2019, às 00h00.

A série de sabatinas que o programa RIC Mais Notícias, da rede Jovem Pan Paraná, vem realizando com os Deputados Federais do Estado do Paraná sobre a reforma da Previdência, recebeu, na manhã desta segunda-feira (10), o deputado Felipe Francischini (PSL) para falar sobre o assunto. O parlamentar também é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. (Assista abaixo na íntegra)

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Reforma e investimentos 

Para Francischini, a reforma da Previdência é imprescindível para que o país possa continuar investindo em outras áreas como educação e saúde. “A reforma da Previdência não é o que vai, talvez, trazer uma enormidade de empregos ou resolver os problemas do país, mas ela resolve um problema central do Brasil, de muitas décadas, que é o problema fiscal. Hoje se nós não aprovarmos a previdência, a curva é exponencial. Então, os gastos públicos vão explodir, vão acabar os investimentos nas áreas de educação, saúde, nas áreas essenciais. Se não aprovar a Previdência, o Governo Federal não tem como administrar o Brasil”, declarou.

Votação da reforma da Previdência

Conforme o parlamentar, alguns detalhes ainda precisam ser definidos – como, por exemplo, se os servidores públicos serão retirados ou mantidos na proposta – para que o projeto da reforma da Previdência siga para votação. “Essa semana o relator [deputado Samuel Moreira (PSDB-SP)] vai se reunir com governadores e prefeitos e vai decidir se no seu relatório vai retirar ou não os servidores públicos municipais e estaduais. Na minha visão, o projeto sai da Comissão Especial na primeira semana de julho e, provavelmente, acredito, a Câmara dos Deputados aprova no plenário nesse primeiro semestre ainda”, disse.

Economia real

Francischini acredita que a economia real que a provação da reforma da Previdência irá gerar é de cerca de R$ 800 bilhões e não de R$ 1 trilhão como o ministro Paulo Guedes busca. Isso porque serão feitas emendas que poderão afetar diretamente esse valor.  “A aposta que eu faço, é que continuará, mesmo com algumas pequenas desidratações, com uma economia de R$ 800 bilhões, o que também é aceitável”, declarou.

A reforma afeta os mais pobres?

O deputado também afirmou que o discurso usado pela oposição de que a reforma prejudica, principalmente, a população mais pobre do país, não é baseado em números e não tem comprovação. Para ele, o argumento é usado apenas para ir contra o projeto defendido pelo presidente Jair Bolsonaro. “Têm alguns [deputados da oposição], que com má índole, têm jogado que a reforma da Previdência vai atrapalhar a vida e vai prejudicar os mais pobres. Não vejo dessa maneira e acredito que quem diz isso está usando um pouco da má fé porque os números mostram, os números são claros, e a matemática não erra”, disse.

Assista na íntegra:

O deputado Felipe Francischini (PSL) participou ao vivo do programa RIC Mais Notícias.

Confira: