Banco de sangue pede novos doadores para transfusões em cães e gatos

por Redação RIC.com.br
Com informações do Perobal/UEL
Publicado em 3 fev 2023, às 10h49. Atualizado às 11h27.

“Uma transfusão de sangue realizada com segurança ajuda a salvar vidas”. A constatação é da docente do Departamento de Clínicas Veterinárias (CCA), Patrícia Mendes, coordenadora do Laboratório de Medicina Transfusional do Hospital Veterinário (HV-UEL), primeiro do País a ser registrado como um banco de sangue de cães e gatos.

Contando, atualmente, com cerca de 40 cães voluntários, a equipe do Laboratório quer atrair novos doadores. Isso porque a demanda por sangue, especialmente de cães com anemia, aumentou bastante.  

No Laboratório de Medicina Transfusional do HV a captação do sangue é realizada sem o uso de sedativos. Por conta disso, é importante que os doadores sejam dóceis para que permaneçam por cerca de 10 minutos imóveis, sem prejudicar a coleta.

Os cães precisam ter entre 2 e 8 anos e no mínimo 26 kg (grande porte), além de estarem com as vacinas em dia. No caso das fêmeas, é importante que os tutores aguardem cerca de 15 dias desde o último período fértil (cio) e se certifiquem de que ela não está esperando filhotes. 

Como cada animal pode realizar no máximo quatro doações por ano, ou seja, uma a cada três meses – assim como os humanos -, o atual volume de doações não supre a necessidade do Hospital Veterinário da UEL, referência para casos graves em toda a Região Metropolitana de Londrina, segundo a professora.

“Colhemos 450ml de sangue. Essa bolsa fica em repouso por uma hora, centrifugamos esse sangue e separamos desses hemocomponentes. O plasma é congelado e as hemácias vão para uma geladeira própria. O plasma, dependendo do tipo, pode durar um ano, e o concentrado de hemácias, com o manitol, esse suplemento para elas ficarem bem, dura até 35 dias. Mas, eles não duram três dias aqui porque a demanda é grande”, diz Patrícia.

O primeiro passo para se tornar um doador é preencher o formulário presente neste link.

Heróis de quatro patas

Por conta dos critérios para a doação, cães de raças que desenvolvem maior porte acabaram se tornando “heróis” para os pacientes diagnosticados com anemia ou que tenham sido vítimas de acidentes. Dentre os doadores, destacam-se os rottweilers, labradores, além de cães das raças pit bull, akita, são bernardo, pastor alemão e golden retriever. É o caso do querido Aslan, um simpático golden retriever de 37 kg cuja visita ao Laboratório de Medicina Transfusional recebeu inúmeras curtidas no perfil do Instagram do Projeto Vida.