Audiências de instrução do caso Ana Paula Campestrini começam nesta segunda (17)

por Daniela Borsuk
com informações de Tiago Silva, da RICtv
Publicado em 17 jan 2022, às 14h11.

As audiências de instrução sobre a morte de Ana Paula Campestrini estão marcadas para começar nesta segunda-feira (17), em Curitiba. Ana Paula foi assassinada a tiros na frente do condomínio onde morava com a namorada, no bairro Santa Cândida, na capital, no dia 22 de junho. O carro da vítima foi atingido por 14 tiros e o crime foi registrado por câmeras de segurança.

Nesta segunda-feira, a expectativa é de que sejam ouvidas apenas as testemunhas de acusação. Os dois suspeitos, Wagner Oganauskas e Marcos Antônio Ramon, devem dar suas versões dos fatos até esta sexta-feira (21). As audiências serão realizadas por videoconferência e o acesso é restrito. Após as audiências de instrução, a Justiça deve definir se os acusados irão, ou não, a júri popular. Wagner e Marcos Antônio estão presos desde a época do crime.

Relembre

No dia 24 de junho, a Polícia Civil prendeu o ex-marido de Ana Paula, Wagner Oganauskas, suspeito de ser o mandante do crime, e Marcos Antônio Ramon, apontado como o atirador que assassinou a vítima. Segundo as investigações, Wagner teria mandado matar a ex-esposa, mãe de seus filhos, por não aceitar o novo relacionamento da vítima, com uma mulher. Desde a separação, questões financeiras também eram motivo de brigas entre o ex-casal.

Na manhã em que foi morta, Ana Paula foi até a Sociedade Morgenau, na ocasião presidida pelo ex-marido, para fazer uma carteirinha de sócia. O objetivo era poder entrar no local e ter contato com os filhos, já que até então, não era autorizada a entrar e precisava esperar na calçada para poder vê-los de longe. No entanto, após sair de lá, ela foi perseguida por um motociclista, apontado como Marcos, e executada com cerca de 14 disparos de arma de fogo, quando aguardava o portão do condomínio em que vivia abrir. 

Após o crime, a polícia descobriu depósitos de dinheiro de Wagner para Marcos, no valor de R$ 38 mil, que seria o pagamento pela execução de Ana Paula Campestrini. Além dos dois homens, o Ministério Público do Paraná também ofereceu denúncia contra Felipe Rodrigues Wada, um técnico de informática de 18 anos que teria apagado as conversas do celular de Marcos após o crime.

Conforme o documento do MPPR, Wagner e Marcos Antônio estão sendo denunciados por feminicídio qualificado pelo motivo torpe e pelo pagamento de recompensa, e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima. Ainda, Marcos Antônio, juntamente com Felipe, estão sendo denunciados por fraude processual.

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