Caso Ana Paula Campestrini: júri popular de ex-marido e amigo começa nesta quinta (23)
Está marcado para esta quinta-feira (23) o julgamento de Marcos Antonio Ramon e Wagner Cardeal Oganauskas, acusados de envolvimento na morte de Ana Paula Campestrini Oganauskas. Os réus vão a júri popular no Tribunal do Júri de Curitiba, a partir das 8h30. O crime foi registrado no dia 22 de junho de 2021, quando a ex-esposa de Wagner, Ana Paula, chegava em casa de carro, no bairro Santa Cândida, na capital paranaense.
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Os dois réus, acusados de feminicídio, foram presos na época do crime e seguem detidos desde então. Ambos estão presos no Complexo Médico Penal (CMP) de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba e foram intimados para comparecerem no Tribunal pelo juiz Thiago Flôres Carvalho, da Vara Privativa do 1º Tribunal do Júri da Comarca de Curitiba.
Marcos será representado pelo advogado Vicente Bomfim e Wagner terá uma equipe de defesa, composta pelos advogados Luis Fernando Milla Sass, Karoline Alves Crepaldi, Flávio Warumby Lins, Louise Mattar Assad e Elias Mattar Assad. Sete jurados vão julgar o caso e decidirão a sentença. Entre as testemunhas, deve ser ouvida a então companheira de Ana Paula, Luana Oliveira de Melo.
Acusação do Ministério Público do Paraná
O Ministério Público do Paraná (MPPR) denunciou Wagner, apontado como mandante do crime, por homicídio com as qualificadoras de feminicídio, motivo torpe e mediante paga – segundo as investigações, Wagner teria pago R$ 38 mil para que o amigo, Marcos, matasse a vítima. Segundo a denúncia, Wagner não aceitava o novo relacionamento da ex-esposa, com uma mulher.
Já Marcos, apontado como atirador, é acusado pelos mesmos crimes de Wagner e também por fraude processual. Ainda, um terceiro réu, Felipe Rodrigues Wada, é acusado de fraude processual, mas está solto. Segundo as investigações, ele teria apagado mensagens dos celulares de Wagner e Marcos. No entanto, Felipe não será julgado agora e aguarda decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Relembre o crime
Ana Paula Campestrini foi assassinada em frente ao condomínio onde morava com a nova companheira, no bairro Santa Cândida, em Curitiba. Ela tinha acabado de chegar em casa, de carro, e aguardava o portão do condomínio abrir quando foi surpreendida por um motociclista, que atirou contra o veículo várias vezes. A vítima morreu no local.
Segundo as investigações, Ana Paula voltava de um clube no qual o ex-marido, Wagner, era diretor, e Marcos era diretor financeiro. A vítima teria ido até o local para buscar a carteirinha do clube, que tirou para ter mais contato com os dois filhos. As visitas às crianças, segundo as investigações, eram dificultadas pelo pai.