Caso Ana Paula: Ex-marido e amigo ficam em silêncio em audiências de instrução

por Daniela Borsuk
com informações de RICtv
Publicado em 28 jan 2022, às 19h27. Atualizado às 19h28.

Foram interrogados pela Justiça nesta sexta-feira (28), os suspeitos de envolvimento na morte de Ana Paula Campestrini, assassinada a tiros em 22 de junho de 2021, na frente do condomínio onde morava, no bairro Santa Cândida, em Curitiba. O ex-marido da vítima, Wagner Oganauskas, acusado de ser o mandante do crime, e seu amigo, Marcos Antônio Ramon, indicado como atirador, ficaram em silêncio e preferiram não falar sobre suas versões dos fatos durante a audiência de instrução.

Na última semana, testemunhas de acusação e de defesa foram ouvidas pela juíza responsável pelo processo. Nesta sexta-feira, último dia das audiências, além de Wagner e Marcos, Felipe, denunciado pelo Ministério Público por fraude processual, também foi interrogado.

Conforme o documento do MPPR, Wagner e Marcos Antônio estão sendo denunciados por feminicídio qualificado pelo motivo torpe e pelo pagamento de recompensa, e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima. Ainda, Marcos Antônio, juntamente com Felipe, estão sendo denunciados por fraude processual.

Com a finalização das audiências de instrução do caso, a Justiça deve agora definir se os acusados serão julgados em júri popular.

Relembre o caso

No dia 24 de junho, a Polícia Civil prendeu o ex-marido de Ana Paula, Wagner Oganauskas, suspeito de ser o mandante do crime, e Marcos Antônio Ramon, apontado como o atirador que assassinou a vítima. Segundo as investigações, Wagner teria mandado matar a ex-esposa, mãe de seus filhos, por não aceitar o novo relacionamento da vítima, com uma mulher. Desde a separação, questões financeiras também eram motivo de brigas entre o ex-casal.

Na manhã em que foi morta, Ana Paula foi até a Sociedade Morgenau, na ocasião presidida pelo ex-marido, para fazer uma carteirinha de sócia. O objetivo era poder entrar no local e ter contato com os filhos, já que até então, não era autorizada a entrar e precisava esperar na calçada para poder vê-los de longe. No entanto, após sair de lá, ela foi perseguida por um motociclista, apontado como Marcos, e executada com cerca de 14 disparos de arma de fogoquando aguardava o portão do condomínio em que vivia abrir. 

Após o crime, a polícia descobriu depósitos de dinheiro de Wagner para Marcos, no valor de R$ 38 mil, que seria o pagamento pela execução de Ana Paula Campestrini. Além dos dois homens, o Ministério Público do Paraná também ofereceu denúncia contra Felipe Rodrigues Wada, um técnico de informática de 18 anos que teria apagado as conversas do celular de Marcos após o crime.

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