CMC acompanhará denuncia de vereadora de Curitiba sobre crimes de ameaça e injúria racial
A vereadora de Curitiba Carol Dartora (PT) apresentou um documento ao Ministério Público do Paraná (MPPR), com mais de 80 páginas, em que denunciou 26 perfis em redes sociais por crimes de ameaça, calúnia, injúria e injúria racial. Após denunciar os crimes, na terça-feira (15), a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) informou que acompanhará a apuração do caso.
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“A Comissão de Direitos Humanos vem prestar solidariedade à Carol Dartora, vice-presidente dessa comissão, que vem sofrendo reiterados ataques racistas e ameaças após sua participação no ato [por Moïse, no dia 5]. Independente do cargo que ocupa, para o qual foi eleita democraticamente, vemos a figura de uma cidadã, brasileira, mulher que merece respeito. Não há absolutamente nada que possa justificar as atitudes criminosas que vem sofrendo. Essa comissão lamenta que ainda tenhamos que conviver com tais discursos de ódio”,
afirmou Márcio Barros, presidente da Comissão.
Diante da situação, outros vereadores apoiaram a posição da Comissão, como Alexandre Leprevost (Solidariedade), Sargento Tânia Guerreiro (PSL) e Toninho da Farmácia (DEM). A manifestação da Comissão de Direitos Humanos se soma às outras declarações do presidente do Legislativo, Tico Kuzma (Pros), que tem repudiado em plenário os ataques racistas a Carol Dartora e a Renato Freitas (PT).
“A CMC apoia as manifestações pacíficas. Na [última] reunião da Mesa Diretora afirmamos que as pessoas têm que ter muito cuidado para que, ao quererem a solução para o caso da Igreja do Rosário, não cometam outros crimes, como injúria e racismo. A vereadora Carol Dartora e também o vereador Renato Freitas vêm sofrendo essas perseguições. Não podemos admitir esse tipo de atitude”,
reiterou Tico Kuzma.