A história por trás da Festa do Divino: raízes e significados

Publicado em 9 abr 2024, às 14h07. Atualizado às 15h12.
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A Festa do Divino Espírito Santo é uma das mais antigas e disseminadas tradições do catolicismo popular brasileiro. A celebração relembra às origens do Pentecostes, comemorado 50 dias após a Páscoa. No entanto, o evento está enraizado nas festividades ligadas à colheita do trigo, marcando um momento de gratidão pelas boas safras no calendário hebreu.

Segundo a crença cristã do Novo Testamento, o Pentecostes é também reconhecido como o dia em que o Espírito Santo se manifestou entre os apóstolos. Este dia, eles proclamaram a palavra divina em diferentes idiomas.

Origem da Festa do Divino

A Rainha D. Isabel (1271-1336) estabeleceu a Festa do Divino em Portugal durante o século XIV, sob a influência de costumes ancestrais, posteriormente canonizada como Santa Isabel de Portugal em 1625. No entanto, a rainha portuguesa instituiu práticas como a coroação simbólica de um menino como rei durante a festa. Além disso, a distribuição de alimentos entre os menos favorecidos e até mesmo a libertação de alguns prisioneiros. Esses gestos refletiam a crença de que, durante a festividade, o Divino reinaria sobre todos, trazendo abundância e perdão à terra.

A celebração simboliza o advento de uma nova era caracterizada por valores cristãos como prosperidade, bondade, igualdade e fraternidade. Os festejos perduram por cerca de 20 dias, envolvendo alvoradas, orações, desfiles, missas e apresentações musicais por grupos tradicionais. A Festa representa não apenas um momento festivo, mas também a continuidade de uma herança espiritual. O evento está profundamente enraizado na cultura e na fé do povo brasileiro.

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