Vaquinha é aberta para ajudar casal de motoristas de app baleado por policial federal

por Redação RIC.com.br
com informações da RICtv
Publicado em 5 maio 2022, às 18h51. Atualizado às 18h52.

Uma vaquinha online aberta nesta quinta-feira (5) tenta arrecadar R$ 50 mil para o casal de motoristas de aplicativo que foi baleado por um policial federal em um posto de combustíveis no bairro Cristo Rei, em Curitiba, na madrugada de segunda-feira (5).

Até as 18h30 desta quinta, tinham sido arrecadados R$ 2,7 mil. O casal ficará sem renda durante o tratamento médico, que ainda não tem prazo.

Priscila Dal Negro recebeu alta hospitalar na quarta-feira (4). Ela, que é mãe de um bebê de nove meses, foi atingida por três tiros: no peito, na barriga e na perna. O companheiro dela, Eduardo Cruz, permanece internado no Hospital do Trabalhador, em Curitiba.

Os tiros disparados pelo policial federal Ronaldo Massuia da Silva mataram o fotógrafo André Luiz Fritoli, de 32 anos, e também atingiram o músico Matheus Coelho, que também recebeu alta na quarta. Ele está com uma bala alojada nas costas. O crime foi registrado por câmeras de segurança.

O policial federal teve a prisão preventiva – por tempo indeterminado – decretada pela Justiça. Na terça-feira (3), ele foi transferido da sede da PF para o Complexo Médico-Penal (CMP), em Pinhais, na região da capital. Os advogados que defendem ele afiram que o policial não sabia o que estava fazendo após um surto.

‘Qualquer barulho penso que é tiro’, diz sobrevivente

Priscila concedeu entrevista nesta quinta para o Balanço Geral, da RICtv. Ela descreveu como maravilhoso ter voltado para casa e poder abraçar novamente a família. A sobrevivente também foi recepcionada por outros motoristas de aplicativo.

“É maravilhoso chegar em casa e poder ver todo mundo de novo. Só pensava neles. Foi a melhor sensação do mundo”,

disse a mulher.

Priscila e Eduardo tinham parado no posto para fazer um lanche e continuar o trabalho, na noite dos fatos. Ela contou que chegou a pensar que fosse morrer.

“Quando vi o outro rapaz em estado muito grave eu também achei que ia morrer”

revelou.

Priscila disse esperar que o companheiro receba alta em breve e que quer muito reencontrá-lo. Ele também foi atingido por três tiros disparados pelo policial federal.

“Tudo muda, sei lá, a importância de dar valor à vida também. Foi muito difícil. Só nisso, em querer ter todo mundo, em querer estar aqui e não deixar eles”,

afirmou a sobrevivente.